Homeland: Representative Brody (01×10)

Solidão. Se eu tivesse que escolher uma palavra para este episódio seria essa.

A solidão de Brody ao escolher seguir com o plano de Nazir. Solidão perceptível em cada um de seus atos. Se Damian não tivesse provado que era um excelente ator e eu assistisse a apenas esse episódio eu não saberia: ele soou falso em cada uma das cenas. Você sabia que ele não estava sendo autêntico, a diferença é que isso foi proposital.

Ele falando com Mike, acabando com Carrie, retornando para Jess, ele na entrevista de lançamento de sua campanha. Era impossível não ver que ele não quer aquilo, que aquela não é sua causa… O que eu fico pensando é: quem será o primeiro a perceber isso?

Solidão de Carrie, que se aproximou tanto de Brody que acabou queimada. Pior: Carrie que agora não tem nenhuma desconfiança dele, que acredita plenamente nele. Não só ela não conseguiu enxergar que o que ele falava para ela não era o que ele sentia, como deve estar duvidando de cada decisão sua agora – como quando, ao ameaçar o diplomata, sua voz falha e ela quase chora.

Mas ela chora sozinha, primeiro em casa, depois no hospital – sim, Saul está no quarto com ela, mas ela se sente só.

Solidão de Saul. O que ele esconde? O que a gente ainda não conseguiu de seu comportamento? Será mesmo que ele é o espião? Ele que está estragando os planos?

Um homem sozinho em seu escritório porque não existe nada lá fora para o que ele possa voltar, um homem que passa pasta de amendoim no pão usando uma régua. O quão triste é isso?

O jazz é um ritmo em que as músicas, quase todas, tem compassos que “crescem”, é como você só pudesse entender o que a música realmente é quando ela termina.

Porque você só pode entender a história toda quando ela termina, até lá a gente só pode especular.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

12 Comentários


  1. … Falas da solidão dos personagens, ressaltando a de Brody, outras pessoas diriam: – Que cara sacana! Mas, concordo contigo… o que salta aos olhos, até dos mais, digamos, cínicos, é a solidão.

    Acho que Jess e Mike tem algo sincero. Muita força de caráter, da parte dele, ter feito a vontade de seu rival.

    Quanto a filha do casal, ela no início não dava o maior trabalo pra mãe, toda rebelde? Aco que mudaram o perfil dela… A série já tinha problemas por demais!

    Saul, ahhh Saul… e eu aqui sozinha tb! rs

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  2. Excelente texto chefinha,

    sabe que acho que Broody sente algo por Carrie, acho que desde que ele voltou, o unico momento que ele se sentiu “livre” foi com ela.
    E assim como Jess e Mike combinam mais. ou melhor dizendo, dá pra notar que quando ela o vê seu sorriso é bem mais sincero do que quando está com Broody, não que ela não o ame, mas acho que ela já tinha enterrado ele e agora está como obrigação, e não por escolha.
    Sobre a filha adolescente de Broody, vejo muita gente pegando no pé de todos adolescentes de séries e acho que adolescência é isso, uma mistura de sentimentos e comportamentos.
    E por fim, acho que é o Saul, espião duplo, sabe, acho que a série vai explorar o outro lado da moeda, o mundo todo teme os terroristas, mas quem são os terroristas de verdade? e se for Saul, teremos que descobrir o que motivou ele, e aí poderiamos entender um pouco mais o outro lado da moeda.

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  3. Acho que a palavra pra série é fascinação.

    As atuações nos fascinan, a história e todos os elementos da mesma.

    Eu não sei mesmo o que pensar sobre o que a serie nos trará, a cabeça pirá de querer se antecipar a série ou tentar responder as suas perguntas. Tem que se acompanhar e atentar a tudo pra no final montar o quebra-cabeça.

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  4. Mais um episódio excelente!!!! Não consigo aceitar que seja o Saul o espião da Al-Qaeda. Torço para que seja o carinha ex-namorado da Carrie, cujo nome sempre esqueço! E morri de pena da Carrie, tadinha! Toda bonitona, abrindo vinho e recebendo um senhor chega pra lá…

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    1. Desequilibrada né? Ela vai de um extremo ao outro, bem coerente com a doença que tem: uma hora acha que ele é o bandido, de repente vira amor da vida dela. Quem sabe o que virá amanhã?
      Querer que seja o Saul eu não quero, mas ele esconde algo, ahhh, esconde sim!

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  5. Que canal passa esta série?
    Por que ontem assisti uma entrevista da Morena Baccarin no Globo News falando do seu personagem na série. Fiquei curiosa.

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    1. Oi Keila, então, em Portugal a FOX comprou, aqui no Brasil ainda não tivemos nenhuma confirmação, apenas especulações. Esta semana estive em um almoço de final de ano do grupo Discovery e enchi muito o saco do pessoal para eles comprarem Homeland e Once Upon A Time. Quem sabe eles me escutem?

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  6. Além de Homeland, esta outra série , Once Upon A Time tb quero assistir.

    Se a discovery compra-se, passaria no LIV?

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  7. Alguém sabe quais são as músicas de abertura e de créditos finais? Procurei na net e até agora o máximo que achei foi alguém dizendo que eram próprias da série.

    Abraços,

    RC

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