The Alzheimer’s Project

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O cérebro humano ainda é o maior mistério a ser desvendado pelos estudiosos da medicina. Até hoje não sabemos exatamente como ele funciona, apesar de muito ter se avançado neste sentido ou como muitas vezes ele se regenera, com a substituição de uma função em uma parte por outra que antes desempenhava diferente papel ou nenhum – segundo nosso conhecimento, é claro.

O Mal de Alzheimer, mapeado pelo médico Alois Alzheimer em 1906, ainda é um desses assustadores mistérios do funcionamento cerebral, que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e que deve afetar mais ainda em decorrência do aumento da população acima dos 60 anos, já que é uma doença diretamente relacionada ao avanço da idade.

Numa iniciativa elogiável, a HBO produziu o documentário The Alzeimheimer’s Project, cujo papel mais importante é conscientizar a todos sobre a doença, como ela é diagnosticada, como é sua evolução e de que maneira a medicina avançou com relação ao tratamento da doença, incurável.

Nesta semana tive a oportunidade de acompanhar a exibição da primeira parte do documentário, denominada The Memory Loss Tape, que mostra a vida de sete pessoas afetadas pela doença em diferentes estágios, suas famílias, seus amigos, seu dia a dia. Foi impossível, durante a exibição, segurar as lágrimas decorrentes não só pela empatia dos casos demonstrados, mas também pelo sentimento de impotência com relação à doença e pelo medo de que, um dia, ela venha a tocar minha vida.

E eu, com certeza, não sou a única que se sente assim. Todos no auditório do Centro de Cultura Britânica em São Paulo foram afetados pelas histórias contadas com tanto cuidado, num misto de drama e esperança.

Nos EUA a HBO firmou parceria com o National Institute on Aging, sociedade que teve como missão garantir que o conteúdo estivesse de acordo com os resultados das pesquisas sobre a doença. No Brasil a parceira é com a ABRAZ – Associação Brasileira de Alzheimer.

A ABRAZ se fez presente no evento com a participação de sua presidente Viviene Abreu e de seu diretor clínico, o neurologista Ivan Okamoto. Depois de Viviene apresentar o trabalho da organização, Ivan falou sobre as características da doença, a dificuldade de diagnóstico – já que a perda de memória, sinal mais evidente da doença, é confundida com traço normal do envelhecimento – e os tratamentos hoje existentes.

Depois de ouvi-lo é preciso destacar duas coisas: a importância de, ao identificar sinais de demência em pessoas mais velhas, levar a pessoa afetada a um neurologista, já que ele é o único que pode realizar um diagnóstico adequado, e, mais que tudo, a importância de falarmos sobre o assunto, de maneira que a maior quantidade de pessoas receba o tratamento adequado.

O documentário é composto de quatro partes: The Memory Loss Tapes (As Fitas Perdidas da Memória), Grandpa, Do You Know Who I Am? (Vô, você sabe quem eu sou?), Momentum In Science (Avanços na Ciência) e Caregivers (Cuidadores). Todos serão exibidos a partir do dia 04 de Agosto, sempre às terças-feiras, na faixa das 22h00. Com reprises nas quintas, sábados e domingos seguintes a exibição original.

Além do documentário também disponibilizou conteúdo eletrônico no endereço www.hbomax.tv/alzheimer, com informações sobre a doença e sobre as associações que participam da iniciativa. Acesse também o hot site do programa aqui.

Ah, em tempo: não, este não é um publieditorial. Publiquei de grátis mesmo.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Olá, vcs sabem informar se existe esse documentário pra baixar com legendas em algum lugar…Assisti um deles e gostei muito, mas queria apresentá-lo à pessoas que não entendem inglês. Obrigada.

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