CSI: Say Uncle (09×06)

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Por um lado um episódio bem mais ou menos, por outro um episódio com o qual eu consegui ter certa ligação, ao pensar na comunidade coreana da cidade de São Paulo, tão ou mais fechada que a comunidade apresentada no episódio. Não sei sobre gangues por aqui, mas acredito firmemente que não são poucos os dramas de uma comunidade que fica tão longe de sua casa e acaba enfrentando muito preconceitos.

Eu tinha a expectativa de uma continuação da investigação mostrada no episódio passado, não teve um to be continued, eu sei, mas eu realmente fiquei curiosa em ver como os CSI retomariam uma investigação em que se mostrou que todas as pistas investigadas haviam lhes guiado por um caminho errado.

Também não temos sinal de continuidade do drama de Grissom. O que aconteceu na casa de Lady Heather? Como ele está se sentindo agora?

Mesmo o efeito do caso sobre ele, com  o garoto que é praticamente vendido por sua mãe em troca de alguns dólares, enquanto o coitado tem de suportar dores horríveis em consequência de um tratamento teste de um remédio para a AIDS, é mostrado de forma muito sútil. Grissom  se sente na obrigação de defender o menino, mas, ao mesmo tempo, fica meio que paralisado por sua própria angústia.

Grissom demora a admitir a possibilidade de que o menino é um assassino, de que não existe gangue ou bandido que tenha causado tamanha tragédia, é apenas um menino que vê a sua única esperança de viver de maneira diferente sendo eliminada diante de seus olhos e desde muito tempo atrás já não tem mais ligação sentimental alguma com aquela que deveria cuidar dele acima de tudo.

Mais uma frustração para a galeria de Grissom, já bastante abarrotada: ele preferia não ter resolvido crime algum.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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