Bones: Intern In The Incinerator (03×06)

Bones 03×06

* Publicado originalmente em 04/12/2007

A morte resolveu não só bater à porta do Jeffersonian, fez mais: aconteceu dentro do instituto e num horário em que apenas funcionários estavam lá dentro. Bones mantém a qualidade do episódio anterior, de Halloween, e faz você se segurar na cadeira tentando descobrir antes deles quem cometeu o assassinato.

O alarme da incinerador do instituto dispara, dois dos zeladores discutem sobre esses cientistas loucos que não dão importância ao que os outros falam, nas grades do incinerador não mais um lixo de cientista, mas o corpo de uma menina, tornando-se cinzas.

Acho que o mais interessante que esse episódio acabou mostrando foi aquele bando de cientista preocupado com o fato de que o assassino seria um igual, um nerd como eles. Booth pegou isso muito bem, principalmente quando todos começaram a atribuir a morte a algum tipo de trama maluca envolvendo o assassino do cofre (do primeiro episódio da temporada).

Angela é quem acaba por reconhecer a vítima, numa cena de arrepiar: ela olha aquele esqueleto, sem pele ou carne, e monta, em sua mente o rosto de uma garota conhecida: Kirsten Reardon. Um assistente do instituto, Kristin também era filha do professor Dr. Ted Reardon, um ex-empregado do instituto, e escritor de livros que Brennan e Cam usam como referência.

Angela também sabe que a garota vinha mantendo um caso com algum funcionário do instituto, um homem casado.

Enquanto para Booth e Cam é simples considerar esse homem um suspeito, todo o pessoal da equipe fica a divagar sobre o assassino misterioso e uma conspiração de morte. Como Cam consegue manter a cabeça no lugar ela também é bastante prática ao intimar Booth acompanha-la ao jantar de aniversário de sua pai, que não sabe que os dois já terminaram seu relacionamento.

O Dr. Evan Klimkew, responsável pelo departamento em que a garota trabalhava, de autenticação de itens. Ele demonstra estar surpreso com a morte da garota e conta que ela era a principal candidata a uma bolsa de US$75,000. Booth resolve conversar com o segundo melhor candidato Neil Tyler. O fato de ambos estarem trabalhando com o material encontrado no cofre só alimenta ainda mais a imaginação dos cientistas.

É Neil quem conta que os itens encontrados no cofre estariam ligados a Gormogon, um grupo do século 18 que tinha a intenção de acabar com qualquer influência dos Cruzados ou dos Illiminati na sociedade européia. É claro que Gormogon torna-se os mais diferentes apelidos para Booth, rendendo ótimos momentos.

Brennan, entre os pertences deixados pela garota no cofre, seu celular, e os números da memória permitem identificar o misterioso homem com quem ela saia: Dr. Kyle Aldridge, chefe do departamento do Oriente Médio, ele também ocupa uma sala no último andar do edifício, lugar da onde o corpo deveria ter sido jogado ao incinerador.

Booth tenta intimidar o Dr. Aldridge citando os riscos que seu casamento correria se o caso fosse descoberto, ainda mais pois a esposa é dona do dinheiro. Dificultando a situação do doutor a perícia identifica sangue caído em sua sala e num carrinho para transporte de artefatos.

Zak identifica que a garota foi morta com uma facada, mas não consegue identificar a arma. Angela consegue traçar uma estranha trajetória para o ferimento, e eles resolvem procurar a arma entre os artefatos do próprio instituto. Hodgins também identifica, em meio às cinzas, uma planta comumente utilizada no Líbano para evitar o cheiro carne queimada.

Booth passa a Brennan a tarefa de interrogar o doutor, que considera que ele seja estúpido. Aldridge quase fala algo, mas acaba pedindo por um advogado, deixando a dupla emperrada. E eles não contavam com o dia seguinte: Kyle Aldridge é encontrado enforcado dentro do cofre. O que parecia um suícidio, mas a equipe consegue descobrir que foi um assassinato bem tramado.

A questão é o por que. Os suspeitos a cada momento parecem mais improváveis e o desejo dos cientistas que tudo seja realmente uma conspiração é enorme. Até Angela não resiste e acaba perguntando a Hodgins se ele é Gorgomon.

A morte de Aldridge faz com que Brennan interrogue o pai da menina morta, um especialista no tipo de veneno usado para mata-lo. Mas não chega a lugar nenhum. Graças ao trabalho de Angela eles chegam a uma hipótese mais apurada do que aconteceu: a garota não foi esfaqueada, na realidade caiu sobre algum artefato, não uma arma, sobre a mesa de Aldridge. Ele, em pânico, teria tentado se desfazer do corpo. O problema é que isso não justificaria o assassinato dele.

Zack é quem identifica um antilope de bronze que poderia ter sido a arma do crime. O problema é que o artefato não está mais no instituto, foi enviado para uma caixa postal em Arlington. A tal conspiração realmente existe, mas não tem nada a ver com um assassino em série, mas sim com o Jeffersonian sendo usado como ponte de entrada no país para materiais contrabandeados.

Cam fica responsável por passar a conclusão adiante, mais exatamente para o todo poderoso do instituto, avisando que Booth e Brenan ficarão de plantão no dia seguinte a fim de pegar o responsável. Mas eles já estão na tocaia e se surpreendem quando Dr. Klimkew aparece no local para retirar o que estã na caixa postal.

Kirsten havia descoberto o que acontecia e acabou morta ao confrontar Klimkew, que viu uma chance de se safar forjando o suicídio de Aldridge e deixando um bilhete de confissão.

O episódio acaba com Booth e Brennan tomando doses de whiskey e amassando copos de papel. Booth mostra entender a necessidade de Brennan de que o assassino não fosse um deles. Ele ainda promete que jamais irá trai-la, pois é isso que ela sente ali, que foi traída por um igual. Eles tomam mais uma dose… E eu fiquei na dúvida se Brennan não estava mesmo alt quando errou ao tentar amassar o último copo.

Bones 03×06

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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