Elementary: High Heat, The Art of Sleights and Deception, Fly Into a Rage, Make a Bad Landing e Moving Targets (5×19 a 5×22)

Eu juro que não é de propósito, é apenas o cansaço acumulado desta temporada (essa coisa dos canais espalharem as estreias me ajudou a companhar tudo, do outro lado nós simplesmente não tivemos aquela pausa de um ou dois meses sem série nenhum passando e eu preciso de férias), porque essa temporada, de novo, está bem boa, consistente mesmo.

High Heat tem o charme de vermos Sherlock investigando a morte de um detetive de araque. Eu entendo bem como ele se sentiu e não, não foi pura arrogância a forma como ele encarou toda a história da tal associação. Na verdade Sherlock é aquele cara meticuloso ao extremo que leva tudo tão a sério que dói no coração o contrário, pessoas que apenas querem ganhar dinheiro, pouco importa se estão fazendo o que se comprometeram a fazer, menos ainda fazê-lo direito. Já estive lá.

A humanidade de Sherlock apareceu também na forma como ele lidou com o que Shinwell fez com ele: ele se sentiu traído, duplamente afinal ele é o cara meticuloso que mexeu em provas para ajudar Shinwell, e está mais preocupado com Watson que com seu ego (que é grande e definitivamente doeu ter levado uma surra).

Agora, que o pessoal da nova associação vai suar para conseguir passar no teste que ele criar, ah, disso eu não tenho dúvida nenhuma!

Agora, não dá para comparar a história do detetive morto com a trama de The Art of Sleights and Deception!!! Eu adoro quando uma história policial me surpreende e dessa vez eles me pegaram direitinho. Quer dizer, eu até desconfiei quando o editor estava todo prestativo e falante – sempre desconfie de pessoas falantes demais em interrogatórios de polícia -, mas eu jamais poderia imaginar que a morte estava relacionada a um livro sobre experiências nazistas e não por conta dos segredos sobre mágica.

E toda história de Sherlock perceber isso pelos desenhos das mãos nos livros? Fez toda a diferença, aquele detalhe que prova que ele era  único que poderia descobrir o culpado.

Adorei colocarem Marcus em destaque retomando a história do ex-marido de Chantel, ainda que eu sofra horrores junto com o personagem de quem gosto tanto.

Mas foi em Fly Into a Rage, Make a Bad Landing que a história foi desenvolvida, da confirmação que a queixa contra Marcus era uma mentira de um homem relacionado ao ex-marido de Chantel a descoberta de que ele estava chantageando um advogado que enganava suas clientes enquanto tirava dinheiro do marido destas. Confesso, não só não senti a morte de Roy como ainda achei bem feito.

Fica do episódio, olha aí de novo, Sherlock cuidando de seus amigos. Achei que ele foi extremamente delicado ao abordar Marcus sobre o pai dele e a forma como ele tratava sua esposa e filho. Quando Sherlock começou a falar sobre os “sinais” tudo parecia tão óbvio, mas até ali, nem no hospital, eu desconfiava de nada.

Finalmente temos Moving Targets, um tipo de alívio antes da próxima história difícil – e nem foi o episódio inteiro, já que o final nos mostrou que Watson e Sherlock mal salvaram Marcus e terão de solucionar a morte de Shinwell – e tivemos até uma moça vestida de Pikachu.

E de novo um roteiro recheado de histórias: da policial investigando o recebimento de suborno por parte de outros policiais de empresas de armas, passando pelo moço que foi uma criança soldado e terminando com o apresentador de reality show preso, temos que admitir que eles são bastante criativos. E conseguem ir de uma teoria para outra sem parecer algo louco ou sem sentido.

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

4 Comentários


  1. Essa temporada de Sherlock está muito boa. Fiquei comovida com a sensibilidade do Sherlock ao confrontar o Marcus com os abusos do pai e principalmente qdo diz que ele é um homem bom e deveria ser impedido de fazer besteira e correr o risco de perder seu distintivo e até mesmo ter sua ética arranhada.

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  2. Cara Simone, eu amo literatura policial! E você escrevendo sobre Sherlock, me trouxe à memória uma série de TV europeia sobre Hercule Poirot, muito boa por sinal. O ator que interpretava magistralmente o famoso detetive, David Paget (se não me falha a memória, é este o nome dele) foi, em minha opinião, o melhor intérprete deste personagem. Que show ele deu! Aliás, a própria família de Agatha Christie o escolheu para encarnar o excêntrico e inesquecível detetive.

    Você conhece esta série? Você chegou a assisti-la?

    Eu tenho o box da primeira temporada, mas eu não sei se a série já foi encerrada.

    Beijos, Gaby.

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    1. Ahhh, as séries britânicas são ótimas, algum canal poderia reprisar as mais antigas por aqui como Poirot (David Suchet) e Marple. A Globosat exibiu por um tempo, não sei se está disponível no GlobosatPlay, vale dar uma olhada.

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