Chicago PD: Fagin (4×21)

Eu não considero notícias sobre a saída de atores de uma série como spoiler, mas algumas vezes isso acaba mudando a forma como você assiste à série e foi isso que aconteceu para mim neste episódio. Por saber quem não volta na próxima temporada eu olhava o que acontecia com o personagem ganhava outro peso, outra gravidade… Foi um tanto estranho, confesso.

Com exceção disso, Fagin foi mais um grande episódio de Chicago PD, que faz com que a série se distancie em qualidade de suas irmãs de franquia. E o melhor trabalho do roteiro foi me deixar com tanta raiva do cara que colocava adolescentes na linha de tiro para ele ficar com o dinheiro e ainda assim eu ficar feliz com o fato de que ele apenas acabou preso por ter violado a condicional.

Porque ao longo do caminho você entende que colocá-lo na cadeia pelos roubos e por assassinato provavelmente custaria a vida de um garoto e que a saída encontrada por Voight era o mais próximo de justiça que teríamos sem que isso acontecesse.

Na verdade a busca por redenção do sargento continua e eu fico a cada dia mais orgulhosa da pessoa que ele está se esforçando para ser – principalmente quando ele escolhe o certo e o caminho errado está ali, fácil fácil para ser tomado.

Agora, o principal mesmo foi quando a espevitada Upton conta para Platt que se tornou policial por causa dela. Eu chorei ali gente, de verdade. Eu adoro a Platt e sabemos tão pouco do passado dela nas ruas, ao mesmo tempo, saber da atitude dela com a pequena garota cujo pai tinha sido assassinado é tão ela!

Além do que isso ajuda a aceitarmos a passagem de Upton pela Inteligência – enquanto Burgess está cuidando da irmã (e a atriz está cuidando de seu bebê) – mais facilmente. Confesso a vocês que até fico na torcida de que ela fique por mais tempo, já que gostei dela aqui. Sim, a primeira impressão não foi das melhores, mas ao longo do episódio eu pude olhar a garota com outros olhos.

O lado ruim do episódio acabou ficando com Erin e Jay: primeiro pela forma como a relação deles está “um nada” e eles não conseguem ter um diálogo decente sobre o assunto; segundo porque de novo Erin é a personagem a ter crise de consciência. Não sei vocês, mas me dá a impressão de que ela nunca consegue lidar direito com o que o trabalho lhe obriga a fazer – ainda que eu também ache horrível o fato de que ela acabou matando um adolescente.

 

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. ADOREI A NOVATA. Sem a prepotência da Erin e o olhar de palerma da Burgess.
    Tenho birra com a Erin. Quase todos os episódios giram em torno de seus problemas… enche o saco isso… Imaginem, então a minha felicidade ao saber que a atriz pediu pra sair da série!!!

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  2. Confesso que a Upton de cara foi um desprazer mas a condução da história me levou a gostar dela. Fiquei o episódio todo tentando me lembrar de onde eu a conhecia, procurei e lembrei que ela foi a Charlie em Revolutio onde eu morria de ódio e ela foi Annika em Bates Motel.

    Mas olha essa saída da Erin sem esclarecer quem é realmente o pai dela não pode acontecer !

    E já fazendo pézinho para que a Upton continue na série pois gostei por demais !

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    1. Também já estava pronta para odiar a moça – e aqui entre nós a transição de chata para pessoa legal foi papum – mas no final também acho uma boa escolha para o elenco ano que vem.

      Agora, é impressão minha ou o Jay e a Natalie tão meio assim a beira de algo em CMed?

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