Grey’s Anatomy: Be Still, My Soul (13×18)

Be Still, My Soul é o episódio que prova que nosso problema não é com o drama em si, mas como ele é usado em uma história. Ao contrário da trama de Amelia e Owen ou de Alex e Deluca, o drama presente no episódio é parte da história de seus personagens de uma forma real, talvez por isso tão intensa. Ele é o drama que tem propósito, não foi criado só para chocar e garantir audiência.

Aquela história que você não queria que acontecesse – eu simplesmente adorava a mãe da Maggie! – mas que você entende. Você chora junto com os personagens e não passa raiva. Diga-se de passagem, o tipo de história que esta temporada estava precisando, o primeiro realmente bom e olha que estamos prestes a encerrá-la.

Ele é centrado na luta de Maggie por sua mãe. Eu nem consigo imaginar como é descobrir que sua mãe está doente além da chance de cura, ainda mais considerando que você em seu trabalho diário salva pessoas. Maggie se sente traída e impotente e, como seria de se esperar a para a pessoa que ela é, resolve fazer de tudo para tentar salvá-la.

E ela ter sabido sobre a doença apenas agora não ajuda nada, ainda mais porque ela deve se sentir culpada, afinal, mesmo que o roteiro não tenha abordado a questão, Maggie brigou tanto com a mãe quando ela esteve em Seattle e recebeu o diagnóstico que ela em algum nível sabe que se tivesse sido mais compreensiva talvez sua mãe tivesse dito a verdade já ali.

Só que nenhum tempo é o bastante quando perdemos alguém que amamos. Os momentos finais do episódio são sobre isso e foi emocionante a forma como cada pequeno momento foi abordado: Maggie finalmente aceitando que o tratamento alternativo está fazendo mais mal que bem para Diane, as conversas das duas, Maggie pintando a unha de sua mãe, o jantar com a família (porque aquela ali é a família da Maggie), Diane e Richard falando sobre a Maggie, Richard chamando o pai dela.

E as injustiças? Porque sim, foi injusto a forma como Maggie falou com a Meredith -a gente sabe que Mer sofreu horrores com Ellis, mas sinceramente a decisão de jogar suas cinzas na pia da sala de cirurgias foi amostra do amor que ainda restava; foi injusto ela culpar Jackson por um segredo que a mãe dela escolheu manter; e foi também um pouco injusto que ela não tenha aceito o abraço de Richard. A questão é que todas essas pequenas injustiças já foram esquecidas, mais que perdoadas, porque é isso que a gente faz quando alguém que amamos está tão tomado pela dor que não pensa no que está fazendo.

P.S. Posso reclamar demais da Shonda, mas quando o assunto é Meredith não existe do que reclamar quando o assunto é desenvolvimento de personagem. Seja no casamento da Amelia na temporada passada, seja com a questão do Alex no começo da temporada, seja neste episódio, é sensacional ver como a personagem cresceu, amadureceu.

P.S. do P.S. Por que levar Diane e deixar Catherine, heim? Heim?

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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