Invasion! (Crossover Flash, Arrow e DC’s Legends Of Tomorrow)

Texto sobre os episódios: Flash (3×08), Arrow (5×08) e Legends Of Tomorrow (2×07)

E Supergirl? Bem, considerando que temos apenas Barry aparecendo no universo paralelo de Kara nos últimos minutos do episódio, cena repetida no início de Flash, achei que não precisava falar, não é mesmo?

Questão é que a CW reuniu em uma única histórias os heróis da DC de suas séries e o resultado foi muito bom! Sendo sua principal qualidade o fato de que realmente falamos de uma única trama, ainda que o episódio de Arrow acabe um tanto fora do ritmo pelo fato de boa parte dele se referir a uma história de alucinação só dos personagens da série, mas ele se recupera na parte final.

Já para os fãs de Legends Of Tomorrow a maior qualidade se refere justamente aos efeitos das viagens no tempo, depois que descobrimos que os alienígenas desembarcaram por aqui primeiro pelo que tinha acontecido sessenta anos antes em um laboratório americano e segundo por conta de Barry ter mexido na vida de todo mundo ao tentar salvar sua mãe voltando ao passado.

E mesmo que está atrasada com algum das séries, tipo eu com Flash e Arrow, não teve muitos problemas para acompanhar o desenvolvimento, sendo a principal questão justamente a mexida que Barry acabou ocasionando, que acabou até mesmo afetando Stein, que agora tem uma filha.

Diga-se: a confusão de Stein, dividido entre a alegria de descobrir uma filha tão parecida com ele mesmo e o medo de que ele tivesse causado esse efeito quando falou com sua versão mais jovem no episódio passado, foi um dos pontos fortes de toda trama. A parte humana, sabem?

A existência deste efeito sobre a realidade de LOT pode significar que no futuro, caso Barry queira corrigir o que fez, podemos voltar a ter nossos amigos todos se encontrando. O mesmo em Arrow, onde Diggle deixou de ter uma filha para ter um filho.

A segunda coisa muito boa foi a integração entre todos os personagens, eu nunca tinha assistido à Supergirl e acabei me surpreendendo com Kara, que acabou conseguindo até mesmo conquistar Oliver, o cara mais chato de todos, ainda que a gente goste muito dele, e ainda que ela própria fosse uma alienígena.

Diga-se: essa coisa dela ser uma alienígena acabou sendo bem usada para passar uma mensagem positiva em Flash, não é mesmo? Em tempos em que o preconceito anda raivoso, qualquer oportunidade para lembrar que não é porque é diferente que devemos ter medo ou atacar é válida. Além de ser a mensagem que os quadrinhos sempre fizeram questão de defender.

O deslumbre de Felicity e Cisco também foram providenciais porque representaram o que nós fãs faríamos na mesma situação.

A divisão da trama com os alienígenas seguiu a sequência de três atos: em Flash temos a chegada e o esforço de juntar a todos para enfrentá-los, em Arrow temos o grupo preso passando por uma alucinação coletiva e precisando sair dela e, então, em LOT temos o enfrentamento final, a necessidade de salvar o mundo.

No conjunto, os episódios não somente homenageiam aos quadrinhos que foram adaptados como aos filmes de ficção científica e até mesmo a Arquivo X – será que só eu vi isso? Principalmente quando parte do grupo segue para o passado para realizar o sequestro.

Além disso, a parte final do crossover foi aquela em que todos das diferentes séries realmente interagiram e onde a questão de como o mundo reagiu a existência dos meta humanos foi melhor abordado e acabamos até mesmo reconhecendo motivo para o medo dos Dominadores: é fácil imaginar como pessoas mal intencionadas poderiam usar os poderes destes para tentar dominar outros planetas.

Só que eu faria justamente o contrário do que os Dominadores pretendiam: levaria daqui quem não presta ao invés de levar os que detém este poder diferente.

P.S. Ray falando que a Kara parece com uma prima dele: impagável!

P.S. do P.S. Mick passando uma cantada em Kara: mais Mick, impossível!

P.S. do P.S. do P.S. Oliver ganhando um abraço de Kara e Barry: melhor cena!!!

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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