Chicago PD: 300,000 Likes e A Shot Heard Round the World (4×07 e 4×08)

Não existe elogio maior do que seu chefe te indicar para um cargo melhor, preferindo ficar sem você na equipe do que lhe impedir de crescer para que você apodreça na mesma posição. Se eu entendo porque Antonio poderia ter entedido errado o fato de Voight lhe indicar para a promotoria, eu também imagino como ele se sentiu bem ao descobrir o motivo que o levou a fazê-lo.

300,000 Likes e A Shot Heard Round The World foram, então, dois episódios como ótimas histórias, mas principalmente os dois episódios que marcaram uma nova mudança na equipe da Inteligência da polícia de Chicago.

300,000 Likes foi o pontapé final para o lançamento de Chicago Justice, então foi preciso criar um motivo para a promotoria recorrer à ajuda da equipe de Voight e nada faz isso melhor que a morte de uma importante testemunha no processo contra um riquinho insuportável que merecia ter apanhado da Lindsay e do Halstead, para começo de conversa.

Em dado momento eu já estava ficando decepcionada com a ideia de que a morte não tivesse relação com o processo, mas Al soube juntar pontas direitinho e acabou nos levando ao intrincado plano: um detetive, ex-policial (e rolou saudades de Cold Case, claro), que fazia todo tipo de trabalho para a família, incluindo assassinato.

“Enjoy your freedom, douchebag. You’re not going to have it for long.” – Lindsay

Se não vimos Lindsay virar a mão na cara do rapaz, pelo menos ela soube colocá-lo no lugar com suas frases, não é mesmo?

Além disso, a história da testemunha conseguir escapar da vigilância da equipe de detetives da promotoria acabou sendo a desculpa perfeita para uma nova equipe e para o tal convite ao Antonio que citei lá em cima. Antonio, que sempre foi o cara acima de todo mal da equipe. Eu não poderia imaginar escolha melhor.

Sim, isso significa que parte da consciência de Voight deixou o barco, mas depois destes anos tentando fazer tudo certo eu não acho que ele vá desviar do caminho agora.

A Shot Heard Round the World conseguiu ser ainda mais emocional, já que colocou os policiais de Chicago na mira de um atirador maluco. Como a gente sabe que os roteiristas da série não são de economizar morte só porque é parte do elenco principal, confesso ter chegado a temer pela pele de nossos detetives. Ou mesmo de Burgess, acompanhada daquele mala sem alça como parceiro.

E imagino que para os fãs americanos a coisa tenha sido ainda mais difícil de engolir, considerando que pouco antes do episódio algo parecido havia acontecido na cidade de Dallas – e não foi a única vez em que eles tiveram que lidar com isso na vida real.

De novo a série provou saber contar histórias assim, como aconteceu no episódio que envolveu o rapaz negro que havia atirado em Burgess e Roman ou quando a equipe de detetives teve de entrar no meio do conjunto habitacional sob domínio de gangues

Aqui não encontraram a solução inquestionável, que teria sido se o culpado fosse mesmo aquele maluco armado – que me fez lembrar da milícia enfrentada pela equipe de NCIS New Orleans -, mas uma bastante dolorida: o assassino sendo filho de um ex-policial reconhecido por seu valor.

Por um momento ficamos todos esperando que, então, ele pudesse sobreviver ao que fez, ainda que tivesse matado os policiais. O roteiro, no entanto, acabou seguindo pelo caminho mais provável em uma situação assim, mais triste, mas mais real.

No finalzinho, ao menos, tivemos algum consolo, algum motivo para sorrir: sim, BURGESS NA INTELIGÊNCIA!!!! Fico pensando se eu acabei comemorando mais que ela, para falar a verdade.

E nem vou falar do ex-parceiro dela, porque ele deixar a polícia é um favor, alguém egoísta assim não tem nada com o serviço público.

P.S. Momento “eu disse, não disse?” duplo: a mãe da Erin apareceu, encrenca na certa; o pai da Erin no pedaço? Nem imagino o tamanho do problema.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. NÃO SEI QUANTO A VCS, MAS EU ESTOU CHEIA DE QUE EM TODOS OS EPISÓDIOS, A ERIN TENHA TANTO ESPAÇO. SEMPRE E SEMPRE, AS HISTÓRIAS DELA VIVEM SENDO CONTADAS. OS DEMAIS PERSONAGENS QUE POSSUEM HISTÓRIAS, IGUALMENTE INCRÍVEIS, FICAM DE ESCANTEIO… SÓ AINDA NÃO ABANDONEI O BARCO PQ ESPERO, SINCERAMENTE, QUE ISSO MUDE.

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  2. My God, vim correndo ver se você tinha feito resenha sobre o ep. 11, mas ainda não :”(
    Estou curiosíssima para saber a sua opinião sobre o papo entre Voight e a Bunny rsrsrs

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