Confesso que eu passei praticamente todo o episódio Inherent Bias torcendo pelo impossível, já que eu sabia que o aparecimento de Reggie (interpretado pelo sempre ótimo Robert Gosset de Major Crimes) tinha pouquíssimas chances de ter um final feliz. Ao escolher torcer por um final feliz para Reggie e Sharon – fosse porque eu acho que Sharon merecia, fosse porque essas histórias de amores que poderiam ter sido e que ganham uma segunda chance sempre me encantam – sofri bastante ao longo das vãs tentativas de salvar a vida do fotógrafo.
E fico feliz que Natalie tenha sido compreensiva com o que Sharon sentia – ainda que ela, como Choi, soubesse que tudo aquilo apenas adiava o inevitável.
Finalmente, eles mostraram muito bem porque é tão importante um médico não estar envolvido sentimentalmente em um caso.
Na verdade este pareceu o mote maior do episódio, já que reapareceu no caso do doutor Charles e a garota que estava com problemas mentais por conta de um problema no coração. Ali acho que vimos Charles não somente preocupado com a paciente não ter condições de dar seu consentimento, mas com o fato de que ela havia se conectado totalmente com ele – ainda que o confundindo com outro alguém.
O embate entre ele e Charles acaba servindo para outros propósitos também: novamente temos um Connor seguro de si depois das dúvidas surgidas nos dois últimos episódios e ele acabou atraindo a atenção de ninguém menos que a filha do psiquiatra, que me pareceu gostar de uma boa briga.
Ainda não tenho opinião formada sobre o casal, mas duvido que seja pior que o casal formado por ele e aquela outra médica cardiologista na primeira temporada. Um lado meu preferia que eles focassem mais na vida familiar dele, que começou a ser explorada na temporada passada e de repente foi completamente esquecida.
Finalmente, olha a questão pessoal de novo na trama de Reese e o rapaz que havia aparecido com um chip no corpo. Ele decide que só se sentirá seguro se ficar na casa dela e ela acha isso uma boa ideia. Eu nem sei dizer em quanto diferentes maneiras isso era errado e acho que Charles falou pouco de tão absurda que era essa ideia.
E nem o final dramático – desnecessário – com Reese e Choi procurando por Danny nas ruas me fez ter dúvidas sobre o fato de que ela não deveria nem ter pensado em concordar com ele.
Com tanta coisa a trama de Will e Noah acabou ficando um tanto avulsa. Noah não é um personagem do qual eu goste, na verdade ele podia não ter existido. Aí ele chega com essa grande ideia do atendimento médico por um aplicativo e eu só consigo imaginar o número de erros e processos que algo assim poderia gerar. Pode ser perfeitamente legal, mas com certeza não é seguro.
Ainda mais para um cara como Will que já está com o seguro médico bem alto por decisões impensadas.
Falando em decisões impensadas: que ele aceite morar com Nina, mas que isso não vire dramalhão por conta do que ele ainda sente pela Natalie.