The Good Wife: Shoot e Unmanned (7×17 e 7×18)

“Não, não, não!” – Era isso que a Simone berrava quando Peter pediu a Alicia que ela não se divorciasse dele ainda por causa do processo judicial e ela não tenha respondido “divorcio sim” automaticamente. Considerando como a coisa entre ela e Jason está funcionando, considerando o fato de que eles ficam perfeitos juntos, de que ele traz a tona o melhor dela, de que ela merece ser feliz e pra isso ela só precisa e fazer a escolha certa, ela simplesmente deveria ter respondido “sorry, not sorry, it’s over”.

Gente, nunca o Peter mereceu tanto ser largado, e olha que ele já fez do pior, e ela nunca teve tanto motivo para deixá-lo. Quem lê o blog desde sempre sabe que eu nunca fui time Will, porque eu achava que o Will, assim como o Peter, nunca escolhia a Alicia. Não era homem o bastante para isso. O Jason foi. Ele não deu quaisquer satisfação ao Peter, ele mostrou ao governador que não só não tem medo dele como está pouco se lixando para o que ele pensa.

E ele voltou quando Alicia pediu para ele voltar, ele não achou complicado demais.

Só espero que ela não jogue isso fora porque algo assim, definitivamente, não acontece todo dia.

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Mas não foi só nisso que a dupla de episódios da última sexta foi feliz: o caso de Shoot, em que o juiz fez valer o dia depois de aplicar a tal multa de US$ 0,10 por dia em que o cartaz sobre a loja de armas fosse mantido instalado, as questões na Lockhart e o depoimento de Alicia no grande júri foram ótimos. Na verdade, os dois episódios são perfeitas amostras do que The Good Wife tem de melhor.

Falando sobre o caso de Shoot: se pude reclamar de Diane no caso da liberdade de imprensa x liberdade de aborto, aqui ela estava defendendo um caso que era a cara dela e é isso que nos permite entender a insistência dela em encontrar uma forma de dar qualquer conforto que fosse a aquele pai, além de penalizar alguém que realmente não estava nem aí para as consequências de suas vendas – e eu como pessoa totalmente contra o uso de armas pela população em geral, estou com a Diane.

A defesa do caso acabou por também esbarrar na crise dentro da Lockhart: ainda que não soubesse do plano de Diane de tirá-lo do caminho, o desconforto de Cary trabalhando com ela e a falta de confiança dela nele eram palpáveis.

O que não dá para entender nisso tudo é o tão pouco caso que Alicia fez disso. Cary e ela tiveram problemas no começo, mas depois realmente se tornaram parceiros e o mínimo que eu esperava é que ela contasse a ele dos planos de Diane para que ele decidisse o que fazer em seguida. Se Alicia não mentiu para ele, realmente a questão de Diane não era uma firma de sócias, ela também não foi sincera e esta pequena linha entre as duas coisas me incomodou bastante.

Nem mesmo Lucca funcionando como consciência da Alicia fez com que ela agisse diferente e isto é incoerente com a pessoa que ela sempre foi. A não ser que a ideia dos roteiristas fosse justamente mostrar que ela não tem nada mais do que era antes – mas eu preferiria que a parte boa de quem ela era continuasse.

Finalmente temos o processo do Peter. Eu não poderia me importar menos com o Peter. Juro. Só que Alicia respondendo ao promotor, completamente sem ação depois disso porque contava com ela quietinha, foi algo muito bom de ver. Alicia realmente não tem nada a temer e foi o melhor movimento. Do outro lado, o promotor ficou ainda mais irritado e a gente sabe que Peter oferece material de sobra para a justiça.

P.S. Grace e a acusação de plágio: ter uma mãe ótima advogada fez toda a diferença aqui e a faculdade é simplesmente ridícula. Eles não tem olhos o bastante para ler as redações? Tirem-nas do processo, deixar uma máquina decidir, affffff.

P.S. do P.S. Eu entendo tanto tanto tanto a questão Alicia e Jason que nem sei. Vejo muita gente criticando o fato dela chegar a pedir divórcio por causa dele e nunca ter pedido pelo Will e eu volto a questão: a única vez em que Will a escolheu foi em uma mensagem de celular que ela nunca ouviu. Alicia está feliz e Peter não tinha o direito de invadir esse momento dela, foi isso que a moveu a pedir o divórcio.

P.S. do P.S. do P.S. Se um lado meu fica chateado com a situação toda do Cary, do outro lado eu acho que ele deve mesmo comemorar o fato da Diane comprar a saída dele da firma. Se eu fosse a Alicia eu nem teria voltado.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. o fato de Jason e Alicia serem o casal correto se aplica ao fato que tanto a mãe maluca da Alicia e o seu irmão se deram muito bem com o Jason, o que nunca ocorreu com o Will.

    o Peter não deveria ter pedido a Alicia para ficar do lado dele neste momento, a Alicia afrouxou dando para trás no pedido de divórcio.

    seu que a peruca da Alicia tem irritado muito mas no primeiro episódio até que achei bem mais bonito, ele estava mais solto.

    depois de tudo que ocorreu na temporada passada, não consigo me ligar as questões do escritório da Lockhart&Argos&Lee, pra mim é inconcebível ver o Cary e Diane trabalhando com David & Cia, acredito que a Alicia não faz mais questão de toda essa besteira dentro do escritório por isso dela nem ligar se o Cary deva saber ou não das decisões da Diane.

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