The Catc: The Real Killer (1×02)

Hummm, The Catch é muito divertida, mas este segundo episódio fez com que ela chegasse um tanto mais perto da minha teoria de que ela não irá muito longe.

E o motivo é simples: apesar de uma trama principal bem interessante, ela vai suar para ter um material de segundo plano digno de nota, diferente de “tudo que temos por aí”. A trama principal seguraria muito bem um filme – ops, já foi feito, chama Thomas Crown – ou uma temporada curta, mas não nos leva muito longe.

Uma em que eu já não saiba que o culpado é o culpado mesmo nos primeiros minutos, nem que eu saiba que a Alice apenas está investigando para provar a si mesma que nem todo canalha é um canalha e que ela não é uma tola como a jornalista que casou com um assassino. Não que eu a ache tola por isso, o amor não é inteligente, mas porque Alice acha que apenas alguém tolo seria enganado como ela foi.

Além disso, ela precisa a todo custo afastar a possibilidade de que Benjamin e ela tinham algo real, ou que ela no fundo sabia que ele era um canalha e se apaixonou assim mesmo.

 

Falando da trama principal: Alice escolhe a mais nova integrante de sua equipe, a advogada/hacker, para ajudá-la a desvendar o mistério por trás do quadro deixado por Benjamin em sua casa. Como só poderia ser em um roteiro de ficção, a mulher super inteligente, capaz de pegar bandidos que ninguém pega, ao invés de entrar em contato com a polícia, ou pelo menos com o museu, seu cliente, e contar sobre o ocorrido, resolve investigar por conta própria.

Sim, eu sei, se assim não fosse não teríamos a série, mas é que eu simplesmente imaginava as coisas ocorrendo de outro jeito, com Alice sendo mais esperta e não se queimando a toa.

The Catch The Real Killer 1x02 s01e02

Bom, as duas descobrem que: 1. o quadro que está na casa dela é o verdadeiro; 2. que Benjamin usa nomes do obituários para assumir novas identidades.

Aí entra o trouxa da Interpol, que deve ter sido demitido justamente por ser trouxa. Se Benjamin e equipe usam este padrão nos golpes há tantos anos, como ninguém nunca percebeu? Ao invés disso ele prefere intimidar Alice, ameaçando-a. Neste caso ela foi mais esperta que ele e não caiu na lábia do moço, denunciando o assédio para o chefe dele, aí ele foi lá e colocou uma escuta na casa dela.

Eu, de novo: o moço da Interpol sabe que os clientes dela foram roubados com informações que Benjamin obteve com ela. Isso realmente é motivo para desconfiança, ainda mais porque ela e a sócia não alertaram os clientes sobre o ocorrido… Então por que ele não levou a moça para bater um papo no escritório?

Hummm, cheiro de vingança pessoal, não é não?

Bom, pelo menos o moço da Interpol serviu para alguma coisa: ao vê-lo, Benjamin consegue a perfeita desculpa para não deixar a cidade como queria a Margot e continuar orbitando a vida de Alice. Se ele pode aplicar um novo golpe enquanto isso, melhor, então lá foi ele conquistar a princesa do Oriente Médio que está de bobeira na cidade – enquanto Margot e Reginald arrancam o dinheiro do assessor todo poderoso dela.

Todo mundo é multi-tarefa, perceberam? Alice faz planos infalíveis para pegar o Benjamin e investiga assassinos; Benjamin stalkeia a Alice e aproveita para conquistar princesas.

As principais falhas do episódio: Margot parece ser a grande vilã, ao mesmo tempo eu não consigo comprar essa ideia. Do lado dos mocinhos temos a sócia e MELHOR AMIGA de Alice, Val, que só aparece para sabermos que ela está tendo um péssimo divórcio. Super normal Alice preferir guardar segredos da amiga de uma vida e sair abrindo o coração para a recém chegada na firma, né?

Os personagens secundários na verdade parecem ser o calcanhar de Aquiles da série – hummm, já usei esta expressão essa semana… – coisa que o pessoal da Shondaland sempre soube trabalhar bem…

P.S. Se você está realmente gostando desta série, um conselho: veja White Collar na Netflix. Muito melhor!! MUITO!

P.S. do P.S. Que vestido branco mais lindo que a Alice usa, gente!!! <3

P.S. do P.S. do P.S. Pesquisa rápida me ensinou que o quadro que Benjamin deixa para Alice se chama “Alone Together”. Bastante adequada ao casal, certo?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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