Doctor Who: Dark Water (8×11)

Em uma temporada marcada pela presença constante de androides e coisas que tais dava para imaginar quem seriam os vilões da season finale de Doctor Who, não é mesmo? E aí eu, que já estava achando a temporada mais ou menos, faço bico, porque de todos os vilões da série eu sempre achei os cybermens os mais sem graça.

Junte-se a isso o início do episódio com direito à chantagem por parte da Clara e pronto, bico duplo.

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Sim, Clara estava muito muito muito muito triste pela perda de Danny Pink, morto atropelado porque ela estava falando que o amava. Considerando que ele não estava digitando, ou seja, não estava olhando para a tela, eu achei essa coisa meio mal acabada, mas era só o primeiro ponto de irritação.

Clara, claro, fica bastante triste e após ser consolada por uma colega entre em surto e resolve que o Doctor vai ter que resolver isso para ela – aquele que para ela é só um hobby – e ao invés de simplesmente pedir ajuda o chantageia num plano ardiloso de fazer com que ela a leve a um vulcão e ela o ameace destruir todas as chaves da Tardis.

Seriously? Sim, eu sei, ela estava triste. Não somente pela perda do ser amado, mas provavelmente porque ficou lembrando que preferiu viajar com o Doctor a passar mais tempo com ele ou porque ficou assombrada pelo tanto que mentiu para o Danny todo tempo em que esteve com ele, de uma forma ou outra.

Bom, claro que o Doctor conseguiu enxergar que tinha algo de errado e não deixa que ela faça besteira, porém,não consigo concordar por mais nobre que me pareça ele não deixar que um único ato impensado dela mude o que ele sente por ela, decide ajudá-la.

Somos transportados, então, para a terra prometida que vimos naqueles momentos finais de muitos episódios, aonde o Doctor e sua acompanhante são recebidos por Missy, enquanto Danny Pink está “participando do programa de integração” do local.

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Sem suspense algum Missy se revela a nova versão do Mestre – bom, era até de se esperar que ele não morresse, mas sim se regenerasse, mesmo eu tendo perdido a conta de quantas vezes já o vimos morrer – e nos conta de seu plano de dominar o mundo transformando os mortos do planeta em cybermens.

Eu sempre achei que cremação era um destino melhor…

Bom, é assim que termina a primeira parte do grande final: Pink decidindo se deleta ou não o que lembra do passado, o que provavelmente vai inclui-lo na lista de cybermens; Clara surtada na sala de comando da terra prometida de Missy; e o Doctor com um problemão de matemática para resolver: afinal, são mais mortos que vivos neste planeta.

P.S. Tá, a história da água negra foi bem sacada.

P.S. do P.S. Como uma colega minha bem disse: tudo bem, é até legal esse negócio de uma trama maior ligando os episódios, mas tem dias em que a gente simplesmente queria ver o Doctor conhecendo alguém importante da nossa história passada, sabe?

P.S. do P.S. do P.S. O Doctor perdoando Clara tão facilmente é mais uma amostra, pra mim, de que ela não o merece.

P.S. do P.S. do P.S. Não é sensacional ver que o ator mudou, virou até atriz, mas a loucura no olhar do Mestre continuam aí?

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. tudo é ótimo de se ver, ver o Mestre em Missy, ver o querido Doctor sendo Doctor e até até a volta dos cybermans que são os vilões mais sem graça da história … mas ver o que a Clara fez é não dá mais para aturar, que criatura chata … credo !

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  2. A pedestre fala pra Clara que o carro veio de lugar nenhum. Certeza que foi armação da Missy.

    Quando o 12 perdoa a Clara, na verdade era o 11 falando (eu praticamente VI o Matt nessa cena). Era o Doctor que fala “My Clara, my impossible girl”, o Doctor que sabe que ela existe pra salvá-lo, que lembra que ela entrou naquele treco em Trenzalore pra resgatá-lo, que sabe que ela foi parte fundamental na não-destruição de Gallifrey. Eu continuo odiando a Clara apesar de tudo isso, mas posso entender por que ele não consegue detestá-la, por que ele a perdoa.

    A Missy está realmente fantástica! Você disse tudo, é o mesmo olhar de louco.

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