Stalker: Whatever Happened to Baby James? (1×02)

Como eu contei em meu primeiro texto sobre a série, assisti ao primeiro e ao segundo episódio de Stalker de uma vez só em um cinema escuro e silencioso. Na verdade foi pior que isso: assisti ao primeiro e a boa parte do segundo episódio em um cinema escuro e silencioso, e então tive que sair correndo e buscar a filha na escola.

Aí lá fui eu no táxi roendo unhas pensando: afinal, quem levou esse moleque? Claro, depois de ver o episódio até o final eu só conseguia pensar: muito, MUITO, medo desse Perry!

E o segundo episódio de Stalker é mesmo sobre duas histórias: enquanto o caso da noite é desafiante e diferente até o exato minuto em que descobrimos a culpada – levanta a mão quem já achou que a moça tinha cara de louca desde o início! -, a mudança de “objeto” que Perry faz após Beth ter judiado dele no estacionamento provavelmente melhorará a cada passo.

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Eu até entendo o desfecho do caso da noite não ser grandes coisas, afinal ele já teve uma grande reviravolta quando Jack descobre que o verdadeiro objeto de obsessão não era a linda adolescente cheia de tatuagens – talvez o meu único real senão com o roteiro, que acabou soando machista ao colocar Beth falando que tatuagens são para quem quer “mostrar” sexualidade -, mas seu irmão caçula.

Isso depois de um início digno de filme de terror: quem mais pulou da cadeira quando a menina e seu irmão dão de cara com “o cara” dentro da casa ou esbarra no vizinho ao sair correndo?

Particularmente Jack ganhou vários pontos comigo ao subir na mesa para entender a cabeça do criminoso, mas isso é até óbvio, afinal eu sou fã de qualquer seriado em que tal método seja aplicado, não é mesmo?

Só que não foi somente isso: você percebe claramente o quanto o Jack é bom no que faz porque ele é muito detalhista.

E eu poderia dizer o mesmo sobre o Perry…

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Eu confesso ter sentido certo “prazer” ao ver Beth tentando refrear as atitudes de Perry, mas também fiquei decepcionada: como alguém que fez da sua vida cuidar de perseguidores cai na solução fácil de tentar assustar um? Ainda mais considerando que toda essa coisa de obsessão tem um forte componente de desafio?

Bom, questão é que agora ele está atrás da Beth e mesmo todos os cuidados que a moça toma em sua vida particular não foram capazes de mantê-lo longe: não dá para pegar você? Eu vou atrás de alguém que importa para você. Eu praticamente vejo ele pensando isso.

P.S. Olha o desserviço que CSI fez pelo mundo, risos: meu marido assistindo a este episódio já estava brigando com o Jack por ele fotografar a pegada sem a régua amarela ao lado. Só que quem precisa da régua são os CSI, ali o detetive só estava fotografando algo que facilitaria seu trabalho depois na casa do suspeito. Só que em CSI o povo é criminologista E policial, né?

P.S. do P.S. Tá, se eu fosse a menina eu teria pedido para a amiga do outro lado já ligar na polícia usando o telefone de casa, mas, né, eu nunca estive em um filme de terror.

P.S. do P.S. do P.S. E o Jack sendo um perseguidor? Bom, a má impressão de suas atitudes que ficou do primeiro episódio deu lugar a uma aflição infinita por sua situação. Eu não sei o que ele fez para que a ex queira manter tamanha distância dele, mas enxergo uma vontade sincera dele de participar da vida de seu filho. Eu não sei como ele vai lidar com a ameaça dela, mas já sabemos que ele não vai a lugar nenhum.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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