Grey’s Anatomy: Fear (of the Unknown) (10×24)

Dessa vez eu nem vou pedir desculpas pela tamanha demora deste texto – mesmo considerando que na outra semana mesmo o Sony trará a nova temporada da série – porque eu simplesmente acho que nem agora estou preparada para escrever sobre isso.

Fear (of the Unknown) teve muito de especial. Na verdade eu não conseguiria imaginar uma forma mais adequada para a despedida de personagem tão querida, sem que fosse uma despedida dela e da Mer, sem que ela tivesse medo e sem que a gente não sentisse um vazio.

Minha dificuldade, então, é falar de um episódio que não foi de encerrando de uma série querida, mas é como se fosse. Não adianta gente: a partir daqui Grey’s Anatomy é outra série. Afinal, quantas vezes vocês me ouviram repetir que para mim ela era a série sobre esta amizade?

E quantas vezes eu reclamei nesta temporada do desnecessário afastamento das duas personagens principais? Porque, quando eles finalmente acharam um caminho plausível para a saída dela toda a trama de briga, ciúmes e afastamento foi rasgada e jogada no lixo mais distante – aquele do banheiro do porão.

cristina e meredith dançando 4

E depois que essa trama foi finalmente renegada pudemos ver a despedida gentil e doce, de quem muda de vida, de quem cresceu mais do que aquele espaço suporta, mas que leva consigo tanto das pessoas quanto deixa com elas, que deixa a porta aberta e que carrega aquela tristeza misturada com alegria que apenas as grandes decisões da vida carregam.

E foi poético que tenha sido Meredith, aquela que foi mostrada algumas vezes como insegura frente a amiga, que tenha se mantido firme, que tenha meio que dito tudo que escrevi acima para sua melhor amiga e que, com isso, lhe deu a coragem necessária para dar o pequeno passo, logo após a dança das duas, um daqueles momentos inesquecíveis na TV.

Assim como foi justo que ela deixasse sua parte do hospital para Alex. Eu poderia dizer que eles são os trigêmeos estranhos? Não  consigo imaginar amigos aparentemente menos compatíveis e mais compatíveis de verdade.

Já com Owen a falta de um ponto final. Não sei vocês, mas para mim foi impossível não pensar na despedida de George Clooney de ER, que então significaria o final de seu relacionamento com a enfermeira interpretada por Julianne Margulies. Anos depois veríamos a saída dela da série, indo morar com seu amor. Quem sabe um di porque, apesar de toda questão da gravidez, eu realmente não consigo imaginar melhores companheiros para um ou para outro.

Com ela segue Ross, que a gente não suporta e que eu preferia ver atropelado por um ônibus do que ao lado dela. Mas vou dar um desconto, afinal nem tudo pode ser perfeito.

Aqui fica Meredith se posicionando em seu casamento de forma ótima, resta torcer para encontrarem um meio do caminho, a chegada de Amelia, que se encaixou bem demais no meio dos malucos locais, Callie e Arizona planejando um novo filho após a solução da barriga de aluguel, o presente de Cristina servindo para trazer Alex de volta ao hospital da onde ele não deveria ter saído.

E, no surgimento de uma nova meia irmã para Meredith, a promessa de mais drama para a décima primeira temporada.

Resta esperar e descobrir o que essa nova série nos reserva.

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Fiquei emocionada lendo teu post e relembrando o episódio… e claro que não consegui largar a série, né.

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