Sessão de Terapia – Temporada 3 Semana 4

Depois do final “brusco” da última semana retomamos as sessões de terapia e percebi que o estranhamento com os gritos da Rita na sexta-feira era apenas o começo de muitas revelações. Como eu disse lá: era provável que o diretor estivesse nos preparando algo e ele não demorou a nos revelar o que.

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Por conta disso começo pelo final: o que foi a sessão de Theo com Evandro? Sozinhos, sem a presença de Rita ou Guilherme, os colegas avançaram muito, acho que em poucas sessões com a Dora vimos tanto do Theo, soubemos tanto dele.

A explosão de Rita, então, foi a mola necessária para que isso acontecesse: ao discutir com Evandro os motivos que levaram a terapeuta a se envolver com seu colega, seu chefe, falou-se de medo, falou-se de vulnerabilidade. Evandro incomodou Theo ao perceber que a ligação forte dele com seus pacientes mais problemáticos mostrava a necessidade dele de ser salvo.

Voltamos então à Bianca, que nesta semana chegou à sessão de terapia muito machucada, contou ter até afastado seu filho do pai, mas ao mesmo tempo indecisa sobre o caminho a tomar. Ou melhor: sem coragem de tomar o caminho que precisa tomar. Ela pede ajuda a Theo ao lhe pedir que a acompanhe até a delegacia, mas o psicólogo se recusa – corretamente.

É provável que o Theo da temporada passada tivesse ido com ela e até arrumado um advogado, como ele cita que deveria ter feito em sua sessão com Evandro. O Theo deste ano se segura, ainda que se mantenha preocupado, porque sabe que não deve fazê-lo, mas não consegue enxergar que, se o tivesse feito, poderia ter antecipado uma atitude que ela simplesmente não estava pronta para tomar, que ela precisa tomar sozinha.

Mas acho que somente enxerguei isso no dia seguinte, na sessão de Diego – ainda que eu espere que ela não tenha que chegar tão ao fundo do poço como o menino. Diego bebeu muito e acabou por causar um acidente grave, em que ele quase mata alguém. É nesse alguém, no dono da banca de jornais que ele feriu, que Diego foi capaz de enxergar o que a bebida realmente está fazendo com a sua vida.

Isso e a ligação da ex-namorada talvez consigam ajudar Diego a se reerguer ainda que seu pai se mantenha distante. Confesso que estou cada vez mais curiosa para conhecê-lo, porque sou incapaz de entender o nível de afastamento que ele mantém em relação ao filho – ele vê a esposa que partiu e não aguenta a dor? ele consegue reconhecer seus próprios erros e prefere se manter distante para não ter de enfrentar isso?

A sessão de Felipe não trouxe grandes novidades: com a mãe internada o rapaz parece retroceder ainda mais, ter ainda mais medo de tomar uma atitude. Confesso que esse tem sido o dia da semana em que eu menos me importo com o paciente – a dúvida do dia é: o ator é tão bom que consegue interpretar esse homem fraco que acabamos julgando merecedor de seu triste destino ou ele apenas não conseguiu que realmente nos importássemos com ele?

Na quinta Milena chegou com novidades: aceitou tomar a medicação receitada. Mas ela ainda tem bastante dificuldade de lidar com os pequenos testes que Theo deixa em sua sala. Nunca tinha parado para pensar o quanto resistir a “colocar tudo em ordem” pode significar na cura de um problema como o dela.

E, nesta sessão, tivemos novamente a confrontação com o extremo ajudando para que o paciente entenda melhor o que está passando: ao perceber os efeitos de sua obsessão em seu filho, Milena reconhece o que se tornou por conta das obsessões da tia e recua. Fiquei feliz de vê-la perceber isso e espero sinceramente que os remédios comecem a agir logo e impeçam danos permanentes na relação dela com o menino.

Falando em filhos: o filho de Theo procura pelo tio após a fuga da clínica. A procura pelo tio ajudou a sessão com o Evandro ter sido ainda mais incendiária.

Mas Theo não contou nada sobre o beijo de Rita, vocês perceberam?

P.S. Dora retorna na próxima semana. Já comemoro antecipadamente.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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