The Blacklist: The Good Samaritan Killer (1×11)

Coloca Johnny Cash para tocar e vem comigo comemorar o retorno de nossa anti-herói favorito, aquele mais esperto que todo o FBI junto, capaz de identificar pistas falsas mesmo quando elas parecem lógicas e que tem as melhores frases – e ele esteva afiadíssimo em seu retorno. Sim, senhoras e senhores, The Blacklist está de volta!

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E enquanto o pessoal do FBI pareceu rodar em volta de si mesmo, como cão que persegue o próprio rabo, procurando por pistas do “vazamento”, Red teve tempo para se vingar de quem era necessário, com uma frase de efeito por crime, descobrir a verdade sobre a traição de Aram e, ainda, dar a dica necessária para que Liz pudesse finalmente pegar um assassino que perseguiu por tanto tempo, O Bom Samaritano.

E Frank Whaley deu um show, de novo, interpretando o homem que foi tão abusado por sua própria mãe que resolve fazer justiça com as próprias mãos para cada pessoa que busca ajuda no hospital em que ele parece apenas um enfermeiro inocente. Ele inflige, então, a cada abusador o mesmo sofrimento que este causou e, confesso, que nosso lado humano em busca de justiça enxerga nisso um tanto de lógica. E aí lembramos da pequena linha que nos faz ainda parecer sãos e não cometer crimes e nos separa de homens como ele.

Apesar de totalmente atípico no hall de criminosos que nos acostumamos a ver em The Blacklist, assim como o personagem de Sean Leonard procurando a cura para seu filho, considerei este um dos melhores nesta temporada. Apesar de não me atrever a elaborar um ranking, afinal a cada episódio “o louco” da vez é ainda mais inteligente, mais louco ou mais aterrorizante que o anterior.

Além disso, essa investigação que Liz conduziu praticamente sozinha serviu bem para nos mostrar que ela aprendeu um tanto com os acontecimentos da primeira parte desta temporada. Ela está mais segura de si e mais disposta a aceitar a ajuda de Red, mesmo que isso signifique sair da cartilha um pouquinho. E ela também sabe que precisará olhar melhor para seu casamento com Tom, que me deu a impressão de estar fugindo de alguém com essa história de emprego em outra cidade. Seria a descoberta de que eles vinham sendo vigiados o gatilho dessa fuga?

De resto temos o passeio de Red pela tela matando gente para caramba e fazendo jus a fama de intocável – porque se você é traído e deixa que o pessoal se vanglorie disso, você deixa de ser intocável – e a decepção de descobrir que justamente seu assistente fazia parte da trama de traição. Achei uma pena mesmo, mas não teria o mesmo efeito se tivessem escolhido um figurante qualquer para julgar a culpa. Esse pessoal da série sabe o que faz.

Ah, e ainda temos Fitch (Alan Alda) como um dos membros do comitê de segurança que não sabe se quer ou não Red por perto. A trama fica um tanto mais elaborada e fico curiosa para descobrir em que ponto da Lista Negra nossa amigo ultrapassará a linha que prometeu que manteria.

Trilha Sonora

Line On Fire – Junip

The Man Comes Around – Johnny Cash <3 <3 <3

P.S. Como escolher a melhor cena? Quando ele acha que o suspense está lhe matando a espera do homem que não pega fogo e resolve atirar ou quando ele agradece o estrogonofe e promete voltar para a mulher que está presa no armário? Sem contar a forma que ele fez com que ela finalmente calasse a boca. Temos ainda ele montando a arma em frente a Aram ou quando ele se despede do amigo que o traiu. Red é marcante, mesmo quando apenas está de passagem.

P.S. do P.S. Comentei no TVTag logo após assistir ao episódio: Red apenas com Liz parece tornar a série ainda melhor, não é mesmo?

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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