Criminal Minds: Bully (9×11)

Um episódio centrado em Blake. Sabe aquela personagem que não é a favorita de ninguém e que, na verdade, vira e mexe nos faz questionar o que veio fazer no elenco? Então, acharam que ia ser legal conhecermos seu passado então levaram todos mundo para Kansas para investigar a possibilidade de um assassino em série e para que ela pudesse resolver seus problemas familiares.

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E aí que eu já não fiquei lá muito empolgada com a história, que além de tudo era previsível até pelo nome do episódio e cenas inicias. Então acabou que esse foi um episódio menor de uma temporada que tem sido tão boa.

Um rapaz que sofreu bullying na infância e adolescência e que busca vingança.  A primeira morte apresentada, a que faz com que o pai de Blake peça a ajuda da equipe, ainda que seu irmão na polícia ache isso desnecessário, tenta disfarçar a previsibilidade ao nos trazer uma vítima bem mais velha, mas a medida que a trama avançava nossas desconfianças se confirmavam.

Além disso, era óbvio que Blake seria a estrela da noite, o que só não aconteceu por meio de ato heroico porque resolveram colocá-la machucada logo no início, só para nos mostrar o quão forte ela é. Então temos a cena em que ela descobre que o pai das primeiras vítimas, mortas muito tempo antes, estava mentindo – e que nos deveria fazer enxergar o quanto ela é boa, mas eu só consegui ver o quanto o irmão dele é ruim – e depois a cena em que seu irmão é quase morto e ela deveria buscar por justiça, mas aí eu fico com a impressão de que ela está sempre cansada. Ou melhor: vem a constatação do quanto Blake é mono tom: não consigo enxergar emoções na moça, nem quando ela conta o quanto ficou triste com a morte do irmão mais velho ou de sua mãe.

Questão é que a equipe consegue pegar o rapaz que buscava vingança não só pelo seu sofrimento como pelo do melhor amigo que se suicidou e que Blake conseguiu alguma reaproximação da família, com direito a churrasco em casa e Penélope de olho no irmão caçula.

Porém eu terminei o episódio com a sensação de várias coisas faltaram – mistério principalmente – e sem criado um novo vínculo com a personagem. E vocês?

Sozinhos podemos tão pouco. Juntos podemos fazer tanto. – Helen Keller.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

11 Comentários


    1. O grande problema é que ela não faz diferença na equipe, ela não tem um “talento” que seja fundamental ou que algum dos outros não tenha.

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  1. Além de eu não gostar da atriz, também não gosto do papel dela. Concordo com as críticas…
    Ela é tão mais velha que os outros. Ela é da idade do Hotch… Estranho uma pessoa da idade dela estar “in the field” como eles dizem…É quase mãe do Reid. Por que escolheram ela?
    (Achei que ela fosse da minha idade, mas ela é ainda mais velha).

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    1. Eu não esquento com a idade, veja o Rossi, por exemplo, cuja experiência faz toda a diferença. Ela não te passa experiência e também não tem a curiosidade ou a impetuosidade dos mais jovens. Não adianta, eles erraram bem nessa escalação.

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      1. Você tem razão, mas defendendo o meu ponto de vista, o Rossi substituiu o Gideon e ela substituiu a Blake.
        O Rossi tem este papel de mais experiente, o Hotch o tem como um conselheiro… Ela não “usa” o fato de ser mais experiente. Ela “troca de igual para igual” com o Reid. Ele é genial, mas não tem experiência de vida, como todo nerd!!
        Estou procurando razão para justificar o fato de não gostar dela. Posso só não gostar, né?

        Simone, este seu blog é o máximo! Que bom que você gosta de dividir suas opiniões conosco!!

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        1. Obrigada Ana! Eu adoro trocar ideias com vocês.

          Risos, pode sim só não gostar e na verdade eu acho que ela já não agradou de saída e como ao longo do tempo não foi lá muito útil a gente fica na torcida dela virar vítima de um assassino em série qualquer.

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  2. A jornalista Patricia Kogut dO Globo escreveu um post legal sobre Criminal Minds:

    O “Buzzfeed.com” publicou uma lista de fatos relacionados a “Criminal minds” que qualquer adorador da série vai gostar de conhecer. São detalhes pequenos — além de significativos e saborosos — que mostram como nada está ali por acaso. Os roteiristas trabalham duro no arremate de pontas. Não é à toa que a série (aqui no AXN) mantém o frescor mesmo no ar há oito temporadas. “Criminal minds” não é filme de Godard nem livro de Saussure, mas tem mais signos e símbolos ocultos por trás do seu enredo do que supõe a vã filosofia do público leigo. Leia aqui para entender.

    Ponto número um: todos os policiais têm histórico pessoal sombrio, uma tragédia no passado, algo assim. Com isso, eles estão em sintonia com a escuridão dos casos que desvendam e com a intensidade emocional necessária. O público vai descobrindo isso aos poucos, como no programa em que Reid (Matthew Gray Gubler) reencontra a mãe, que sofre de distúrbios psiquiátricos desde que ele era criança.

    Você achou natural que, em sua primeira cena, Joe Mantegna estivesse caçando patos? Pois havia uma razão oculta para isso. É que quando Mandy Patinkin deixou o programa (alegando que ele era pesado, o que tornou o trabalho penoso demais), foi substituído por Mantegna. O que fazia Jason Gideon, personagem de Patinkin, nas horas de lazer? Ué, observação de pássaros. Entendeu? Outra: por que Reid, gênio da memória visual que passa metade do tempo recitando verbetes de enciclopédia, não tem smartphone? Elementar: ele é tecnofóbico.

    A lista é muito divertida, mas, por trás dela, também há um outro recado. Construir personagens não é brincadeira. Para usar um chavão, é carpintaria das mais finas. “Criminal minds” é ótima, não perca.

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    1. Eu amei a lista do Buzzfeed, tinha visto, mas não gosto da Kogut – ela erra muito quando fala das séries. Só nesse trecho ela já erra o número de temporadas, podia dar uma revisadinha, né?

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      1. Na verdade eu a invejo, pois pagam para ela fazer o que eu faço de graça e com culpa: “ver televisão”!!!!! 🙂

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