Sherlock: The Empty Hearse (3×1)

Iieeeeiii e viva o BBC HD!! Graças a ele a terceira temporada de Sherlock chegou rapidinho em terras brasileiras – ainda que com legendas das mais estranhas, tanto que eu simplesmente as deixei de fora, afinal nada pode atrapalhar o retorno do nosso detetive britânico.

Sherlock: The Empty Hearse (3x1)

Retorno. Volta. Recomeço. O que todo mundo queria saber, na verdade, era como ele tinha forjado tudo, não à toa os produtores colocaram os fãs representados ali ao apresentar mais de uma teoria. E é evidente que nenhuma realidade ficaria a altura de nossas imaginações tão ricas – a ideia do bung jump foi bem interessante – ou melhor, nenhuma realidade apresentada nos satisfaria, talvez por isso a impressão latente de que nunca saberemos como realmente foi feito, os 100% de verdade, sabem?

Até porque havia um problema muito maior a ser resolvido: como contar a Watson que foi tudo uma mentira? Que todos esse tempo de luto era desnecessário? Que seu melhor amigo o enganou? Por conta disso eu me deliciei com o reencontro dos dois, com as trocas de restaurante e, confesso, com Watson acertando a cabeça no nariz dele. Foi muito merecido. E engraçado. E delicioso, já usei delicioso?

**Pensando alto: como não parecer uma adolescente falando do ídolo neste texto?**

Mas claro que eles não perderam tempo e, além das explicações para o sumiço de Sherlock, eles já trouxeram mais duas histórias para serem contadas: primeiro por conta da ameaça terrorista à Londres,o que motivou Mycroft a trazer seu irmão de volta e nos mostrou a intrincada rede de “ninguéns” que Sherlock acompanha para poder saber de tudo; segundo por conta do estranho atentado à vida de Watson, que permanecendo sem culpado claro já nos mostra que existe algum grande segredo guardado e eu não duvidaria que ele só surgisse de novo no terceiro episódio.

Outro acerto de estreia: Mary. Como não gostar da Mary? Como não gostar de Watson, Mary e Sherlock juntos?

É difícil falar do episódio sem elogios porque eles sempre conseguem entregar tantos detalhes bons: os diálogos, mesmo que sejam as insinuações da Senhora Hudson para Watson, a edição, passando de uma cena a outra de forma saltada e ainda assim tão eficiente (os cortes também contam uma história) e a música começando e acabando precisamente quando necessário. Mais um elemento da história.

Ainda temos Molly ajudando Sherlock no lugar de Watson, e o Watson na mente de Sherlock fazendo caso disso, enquanto Watson está no hospital e ao que parece conseguiram colocar todos os piores casos do mundo para serem atendidos no mesmo dia – sim, até eu achei que Sherlock podia estar armando alguma, não era possível tanta desgraça junto.

A visita dos pais de Sherlock, que na verdade foram interpretados pelos pais de Bennedict, o grupo de discussão sobre a morte de Sherlock e o bigode estilo Hittler. Eles conseguiram transformar cada um dos 90 minutos do episódio em motivo para comemorar.

E encerramos com o final bombástico, ou quase isso. Me perdoem se é impossível conter o riso. Sherlock e Watson embaixo de Londres, embaixo do parlamento, com uma bomba, todos tensos, apesar de sabermos que eles não iam explodir os dois no primeiro episódio da nova temporada, e Sherlock apenas teve de apertar um botão. Um. Botão. Então como não rir, nem que seja de nervoso, ao final?

Ou mesmo rir só porque eles estão de volta.

P.S. Sorry Watson, mas realmente aquele bigode não combinava nada com você.

P.S. do P.S. Quem mais pensou em Friends quando viu o substituto da Molly para Sherlock? Impossível não pensar no segundo Ross!!!

P.S. do P.S. do P.S. Por que só três episódios?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

8 Comentários


  1. Eu gostei muito deste episódio, a interação do Sherlock, Watson e Mary foi muito bacana. Eu nunca ri tanto vendo Sherlock.

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  2. O que mais amei foram as cenas da dupla dinâmica (com a inclusão da Mary, que, aliás, é esposa do Watson na vida real – química perfeita). Ri muito! O caso achei meio mais ou menos, mas valia tudo para de novo ver os dois juntos! Adoro!

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  3. Meu, passei um ano torcendo pro Watson ter a reação que teve – e fui premiada com TRÊS reações, hahahaha! No canon, ele simplesmente desmaia e eu odiei isso quando li. A série foi bem mais satisfatória!

    O culpado pelo atentado ao John aparece na última cena, mas talvez só tenha ficado óbvio pra quem acompanhou as notícas da produção da série.

    Também amei a Mary e a dinâmica criada.

    Sobre John na mente de Sherlock: o triste é que esse John imaginado só debocha do sherlock, só xinga. Pura culpa, claro, porque o John original sempre admiriou e elogiou o detetive em ação, desde o primeiro episódio.

    O velho que vai ao hospital e John pensa que é Sherlock, aquela foi uma das melhores referências ao canon que já vi!

    HAHAHAHAHAHAHAHAHA, meu, nem pensei em Friends, amei tua referência!

    (Eu sempre pareço uma adolescente falando de Sherlock. Sempre.)

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    1. Risos, eu fico assim com Sherlock e Doctor Who. Acho que não consigo fazer um texto intelegível de tão cheia de emoções que eu fico, hahahaha.

      Então, preciso ler os livros, só li histórias curtas, boa parte das minhas referências vem dos filmes. Eu li um texto bem legal que fala desses dois pontos que você falou em relação ao canon e lá também todo mundo preferiu a reação do John na série.

      Eu não consegui não pensar no segundo Ross!!!

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