The Following: The Final Chapter (1×15)

Eu não sei ao certo se minha demora para escrever sobre a finale de The Following foi causada pelo excesso de coisas para fazer, se pela preguiça mental de tentar decidir se gostei ou não dele ou se pela simples confusão de sentimentos. Você aí, conseguiu concluir se sentia raiva ou excitação quando o episódio terminou?

Desde mais ou menos a metade da temporada algumas pessoas me perguntavam: mas existe fôlego para uma segunda temporada? Eu sempre respondia que, se ao invés de focar na vingança de Joe, tivessem focado nos crimes causados por seus seguidores em vários lugares dos Estados Unidos era provável que sim. Já, focando apenas na vingança, a coisa poderia se tornar cansativa porque eles teriam que nos enrolar um pouco para esticar a trama.

Chegando perto do final da temporada eu ainda me surpreendia com a rapidez com que as coisas estava acontecendo, apesar da incompetência do FBI, e a proximidade de um confronto entre Ryan e Joe e com o fato de que eles estavam sim focando na vingança, mas não enrolando nem um pouco. Ver a disputa entre os dois era delicioso a cada episódio e cada pequena vitória do agente problemático, tão bem chamado de anti-herói pelo professor de literatura, era comemorada por mim.

Então, a despeito da confusão de sentimentos quando os créditos subiam na telinha ao final deste episódio, eu estava feliz em não terem perdido tempo algum e colocado os dois frente a frente.

Estava feliz por Claire ter acertado em seu palpite: Joe não era um autor original, ele era apenas um imitador menor de Poe – será que Poe teve uma vida de assassinatos que desconhecemos? – e assim como o autor que o inspirava, morreu com seu último livro inacabado e sem ter conseguido fazer exatamente o que desejava ao hesitar em matar sua ex-esposa.

Quer dizer, a gente acha que ele morreu. Primeiro as cenas deste episódio estavam especialmente escuras, então eu não consigo dizer se ele escapou de alguma forma que era para ser insinuada e não foi. Segundo, é um anti clímax que ele tenha morrido assim, em uma explosão, deixando que Molly tornasse Ryan e Claire suas vítimas, ainda que em seu livro ele mataria Claire e então Molly só mataria Ryan.

Seu livro além de incompleto fica, então, impreciso.

Diga-se de passagem preciso elogiar Claire, depois de eu querer que ela morresse seguidas vezes ao longo da temporada: ela enfiando aquele garfo em Joe resultou numa das melhores cenas de toda a série pra mim e olha que ela já tinha sido muito boa ao esfaqueá-lo na fazenda. Depois ela arrasou não entregando facilmente as respostas que Joe tanto queria: em que momento ela soube que ele era um assassino e se ela indicou Joe para Ryan propositadamente.

Caso a morte de Joe seja verdadeira, teríamos então uma segunda temporada focada nos seguidores, conforme eu disse aos meus amigos que a primeira deveria ter sido?

Emma está livre e magoada, ela se sentiu obrigada a matar o homem que amava e viu o outro homem que amava morto em uma explosão. Ela era a seguidora que mais informações tinha sobre os demais membros do culto depois de Rodrick, então ela seria a melhor candidata a continuar com o reinado de terror de Joe.

O retorno de Ryan seria a única certeza, mas não sabemos em que estado. Será que ele também perderá Claire? Será que ele e Mike, visivelmente transtornado após a morte de Parker, que também me doeu fundo, serão então os principais agentes na luta contra a seita?

A questão é que, a despeito dos sentimentos confusos causados pelo capítulo final desta temporada, quem chegou até aqui não resistirá a espiar a próxima temporada, já que muitas perguntas continuam no ar.