Sessão de Terapia – Semana 4

A melhor e a pior semana de Sessão de Terapia até aqui: as melhores interpretações, as mais ricas historias. Mas eu nunca vi um grupo de pessoas tão infelizes.

Mesmo a Júlia da Maria Fernanda conseguiu mexer comigo: no começo da sessão eu comecei a pensar que ela tinha uns traços de esquizofrenia, ao final eu sentia uma pena absurda dela – finalmente eu posso elogiar o trabalho da atriz.

Foi a primeira vez, também, em que eu senti que ela finalmente se conectou de alguma forma com a terapia, ela baixou a guarda, ela finalmente disse algo de verdadeiro sobre seus sentimentos ao mostrar o quanto ela se odeia, o quanto ela não se considera merecedora de amor verdadeiro.

Fica claro, então, o quanto ela usa o ataque como defesa, o grande problema é ela não perceber que quem mais ela ataca é ela mesma. Ao transar com o Breno, por exemplo, ela apenas fere a si.

Breno que tem um grande problema de amor próprio, mas que não consegue de mim qualquer simpatia. E aprendi mais sobre ele pela descrição que a Júlia fez do que pelo que ele conta, ou mesmo pelo que o Theo acha que percebe. Um Breno que não se conecta e que definitivamente não sabe o que quer da vida.

Porém devo reconhecer o mérito de Theo de ter conseguido se conectar até mesmo com o Breno nesta semana, apesar de ter conseguido menos dessa conexão do que da que conseguiu com Júlia.

Na quarta o choque da tentativa de suicídio da Nina em pleno consultório – por mais que não fossem remédios que não poderiam matá-la – numa nova tentativa de chamar atenção de alguém para sua dor, a dor da qual ela não consegue falar e pela qual, eu acho, ela se sente culpada também.

A quebra da ilusão: depois dela finalmente se abrir, ela foge da dor, do sofrimento e coloca uma máscara de super felicidade, capaz até de enganar Theo por alguns minutos.

Eu esperava que ele ficasse mais chocado, mais mexido pelo acontecido, mas ele me pareceu estranhamente bem no dia seguinte, quando recebe Ana e João. Estranho observar que a vida de Theo parece estar desabando, mas que ele consegue se manter ao largo disso, nem que seja pelos cinqüenta minutos de cada sessão.

Tanto que ele consegue ter aquela conversa com o João ao final, falar que ainda enxerga amor neles dois – eu não consigo mais ver nenhum – depois de uma sessão também nada fácil, praticamente bipolar: conexão e afastamento, risos e lagrimas.

O quanto ele está mexido só vai ser visto em sua sessão com Dora – mais alguém acha que é o nome dele que deveria dar nome ao episódio? – quando ele também baixa a guarda, deixa de atacar e assume uma serie de sentimentos em relação a Júlia.

Só que eu não consigo que esse amor que ele propaga seja verdadeiro. Fico pensando no quanto Theo precisa acreditar que o que Júlia sente é mais que uma transferência erótico e que ele sente isso também para se sentir um pouco menos infeliz pelo que esta acontecendo de verdade em sua vida.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

4 Comentários


  1. Tanto para o Théo como para o próprio Breno, ficou claro que a Júlia está jogando para provocar. O Théo sabe claramente isso, mas o Breno não tem ideia de quem a Júlia quer atingir. Sinto que o Théo se entrega mais para a Nina, ele a observa e parece até que tem um carinho por ela. Concordo com você sobre o amor do João e da Ana. Talvéz ele tenha falado uma mentira piedosa para não acabar mais com o João. Continuo gostando mais da terapia com a Dora, gosto da postura dela, de como ela reage as agressões do Théo e como ela sempre consegue mexer com ele de alguma forma.Agora vamos esperar essa semana porque promete e muito…
    Ótima semana para todos!

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    1. Sim, sim. Na verdade o que o Breno falou foi a confirmação do que o Theo já sabia.

      Sabe que eu fico louca pra saber mais da Dora? Saber mais desse caso dela, da decisão que ela tomou. Fico super curiosa.

      Ótima semana pra você!

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  2. Oi!
    Desde a primeira semana eu quis MORRER por o episódio se chamar Dora. Como assim?! Ele não é o terapeuta na sexta. Mas, ok.
    E eu não consigo gostar da interpretação da Maria F. Cândido de jeito nenhum. Em In treatment eu era apaixonada pelas segundas-feiras, uma vez que a Laura me fazia sentir que realmente havia algo entre ela e o Paul. Então, acompanho pouco às segundas, e só vi a última terça-feira. Que foi muito boa, ao ponto do Theo pular no pescoço do Breno. Mas, não me simpatizo com o sujeito e sua história.
    Meus dias mesmo são quarta, quinta e sexta. Vamos ver no que vai dar.
    Abraços.

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    1. E você sabe que no Muu ele aparece como Theo? Fico besta. Eu continuo assistindo a segunda e a terça por conta do que o Theo acabada dividindo com a Dora depois, mas acho as interpretações exageradas demais, falsas mesmo. Abraços

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