Estréia: Elementary

Quantas versões são possíveis das histórias de Arthur Conan Doyle sobre um estranho detetive na misteriosa Londres do passado? Bom, ao que parece existem várias formas de se contas essas histórias, ainda mais se considerarmos a liberdade criativa de levá-lo para a moderna Nova Iorque e tornar seu melhor amigo em uma mulher.

É isso que nos entrega Elementary, aposta da CBS para esta temporada como nova série investigativa – é claro que o sucesso da moderna e MARAVILHOSA Sherlock da BBC pode ter influenciado a decisão de apostar na produção.

Aqui o detetive inglês consultor da Sccotland Yard Sherlock Holmes é vivido pelo ator Jonny Lee Miller,  protagonista da precocemente cancelada Eli Stone. Seu personagem deixa Londres depois de algum acontecimento ainda não revelado e parte para Nova York aonde começa uma reabilitação após ter usado drogas.

Depois de deixar a clínica, ele será acompanhado 24 horas por dia pela ex-cirurgiã Joan Watson (Lucy Liu), contratada por seu pai para garantir que ele não vai escorregar novamente. Para se ocupar ele resolve voltar a ser consultor, agora da polícia local – ele se aproveita do fato de que trabalhou anteriormente com o capitão Gregson (Aidan Quinn).

No episódio piloto a dupla, ainda tateando para se conhecer, tentará resolver o aparente sequestro de uma rica mulher que recentemente passou por uma série de cirurgias plásticas, mudando de aparência.  Essa, na verdade, é a grande característica da série: é um procedural americano.

Isso é ruim? De forma alguma, eu sou uma fã do formato. Só que, a esta altura do campeonato, ela precisará de ótimos roteiros para se diferenciar dos concorrentes, inclusive os do próprio canal como CSI e NCIS.

O episódio piloto funciona, o Sherlock de  Miller é bom, apesar de arrogante em demasia em alguns momentos. A história funcionou bem e garantiu suspense até o final, nem tanto pela descoberta do culpado, mas por não sabermos de que forma o consultor conseguiria provar sua teoria, porém não trouxe nada de novo, de realmente surpreendente.

A Watson de Liu não é de todo ruim. Quem sabe seja apenas eu com dificuldades de absorver a mudança. E Nova Iorque de cenário? Bom, tenho preferência pela Londres das histórias originais, mas a cidade americana também é cheia de charme.

Após um balanço eu diria que a série tem potencial, mas precisará mostrar a que veio de forma rápida, ou corre o risco de ser abandonada pelo meio do caminho quando as coisas esquentarem na programação.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

6 Comentários


  1. eu verei totalmente livre de preconceitos … no mundo das séries sempre existe lugar para todos

    então que venham o Sherlock americanizado e a Watson em forma feminina que podem render boas histórias

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  2. ADORANDO. JÁ ESTOU NO 3º EPISÓDIO, OU SEJA, VOU ESPERAR POR VCS PRA PODER “CATITAR” MELHOR. RRSSS

    GOSTEI DA MUDANÇA E OLHA QUE SOU BASTANTE RESSTENTE A ELAS. GOSTO DE LEE E LIU. ESSA MUDANÇA ATÉ NO GÊNERO FOI INTERESSANTE.

    SOU APAIXONADA PELA SÉRIE INGLESA (BENEDICT), QUERO VC PRA MIM!!

    O QUE ME DEIXA UM POUCO FRUSTRADO E ISSO EU SINTO NAS DUAS SÉRIES, SÃO OS ATORES ESCOLHIDOS PARA SEREM O CAPITÃO GREGSON, AMBOS SÃO MUITO BONS PARA ESTAREM EM UM PERSONAGEM UM TANTO QUANTO APAGADO.

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  3. Já que estamos falando do Sherlock, sabe quantas temporadas tem a série inglesa? Assisti 2 temporadas e agora a BBc começou a reprisar a 1º temporada. Em tempo, tb adoro o Aidan Quinn.

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