Grey’s Anatomy: Support System (08×19)

O quanto uma traição pode doer? Existe algum motivo que seja suficientemente bom para fazer com que uma traição seja justificada? Estar apaixonado pela pessoa com quem se traiu outra é menos ruim do que uma aventura de apenas uma noite em que simplesmente nem se pensou no que se estava fazendo?

Na verdade não existe resposta única ou verdadeira para nenhum das perguntas que escrevi acima, mas acho que foram estas que Cristina tinha em sua cabeça quando pediu para que Owen lhe contasse o que havia acontecido naquela noite. Assim como ela, eu acho, foi pior confirmar que foi apenas uma aventura. Uma vingança pelo aborto – sério, quem se “vinga” de um aborto? Como assim?

Assim como Cristina eu conclui que, diferente da imagem que tivemos lá atrás, quando Owen chegou ao hospital, se trata de um garoto. E não vale a pena perder o que é mais importante na sua vida por um garoto. Dica pro Owen: você não trai o amor de sua vida.

Assim como você entende a pessoa que é importante para você e lhe dá espaço. Eu achei engraçado, e especial, quando Derek fica sem entender porque Meredith não está com Cristina enquanto Meredith sabe que naquele momento é desta solidão que sua amiga precisa. Assim como ela sabe que ela deve ligar e dizer que está a seu lado e não ficar magoada quando a amiga desliga o telefone. E então abrir a porta para ela voltar pra sua vida quando o momento chega.

Hummm, começo a pensar que, ao contrário do que eu achava, esse não foi simplesmente um episódio sobre Cristina e Owen. Com certeza foi sobre Cristina, mas teve uma cara de episódio sobre mudanças e sobre amizades: Cristina e Meredith; sobre Teddy, Callie, Arizona e Bailey; sobre médicos e pacientes e, até mesmo, sobre um marido e sua esposa (destaco o momento fofo de Meredith e Derek conversando na creche).

E até mesmo entre colegas de trabalho, porque, vamos combinar, só sendo muito amigo para não rir de Sloan e sua pose de “chefe da cirurgia”. Ele teve seus méritos no cargo, eu sei, mas não tinha como não rir daquele fone em seu ouvido ou de seu “beef with the chief”. Foi a parte leve do episódio e funcionou bem, abrindo espaço até para a lição de Richard que não soou forçada.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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