Touch: Pilot (01×01)

O quanto a vida de todas as pessoas estão ligadas? A teoria dos 6 graus diz que todos nós estamos ligados de alguma forma em até 6 graus de separação, cada grau representando uma pessoa. Essa teoria já valeu série e valeu filme.

Só que foi em Touch que a ligação entre todos nós foi melhor mostrado, ainda que não por meio dos tais 6 graus de que falei, mas por meio da teoria da linha vermelha, conforme bem explicou a Suzana ali embaixo nos comentários: a perda de um celular, um ato de segundos, foi capaz de ligar pais que perderam sua filha, uma garota que pode se tornar um sucesso como cantora e um pai e filho que não se comunicam. Se eu tivesse que falar de apenas uma coisa no episódio piloto desta serie seria sobre isso.

Ainda bem que eu também posso falar que esse é o retorno de Kiefer Sutherland à TV depois do final de 24. Se lá ele era uma agente contra todas para defender o mundo, aqui ele é um pai que, de repente, descobre que seu filho autista pode ter uma percepção tão diferente da nossa que pode ajudar a salvar vida. Então serão os dois (ou três, se considerarmos a agente social) contra o mundo.

Se lá, apesar de todo o poder do governo, que o apoiava, no final ele estava sozinho. Aqui, ele se sentia sozinho até o momento em que entende o que são aqueles números repetidos a exaustão por seu filho e então descobre uma forma de se conectarem. Se lá ele era um homem explosivo, aqui ele é contido, se não por si mesmo, por seu filho.

Os minutos deste primeiro episódio passam rápido e é difícil não se sentir emocionado, aflito ou feliz a medida que a trama principal e a paralela (a do celular perdido) vão se desenrolando. Somos apresentados aos personagens principais da trama de forma convincente e satisfatória (talvez um pouco menos em relação à Arthur, o especialista em crianças com dons especiais ligados à matemática), entendemos qual história ligará os episódios (é provável que Jake comece a ter percepção sobre tramas maiores que um acidente ou o assassinato de algumas pessoas) e temos uma história com começo meio e fim para não perder o pique (o salvamento das crianças no ônibus).

A edição caprichada faz com que a peteca não caia e você termina com aquela boa sensação que só um ótimo episódio causa. Atualmente isso em um piloto não é tão comum, então mais um motivo a ser comemorado.

E, afinal, vocês sabem que eu sou uma grande fã de ficção, sendo assim, tendo gostado tanto do piloto, eu torço mesmo que o desenvolvimento do potencial até aqui mostrado fique a altura. E vocês?

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

7 Comentários


  1. Oi, Simone;

    A história de baseia não nos seis graus de separação, mas em uma antiga crença chinesa, que diz que um fio vermelho invisível está amarrado nos tornozelos (ou no dedo mindinho, já ouvi as duas versões) de todos nós, e nos liga àquelas pessoas que estamos destinados a encontrar, não importa o lugar, o tempo ou as circunstâncias. Esse fio pode se esticar ou encolher, mas jamais deve ser rompido.

    Tem um livro infantil maravilhoso chamado “Eu espero” (Davide Cali e Serge Bloch) que mostra como esse fio vermelho liga a todos nós, se rompendo apenas na morte.

    http://duskamaria.blogspot.com.br/2009/01/eu-quero.html

    Amei a série. Só achei engraçada a história de o ex-bombeiro ganhar na loteria e dar o dinheiro para o viúvo – porque, afinal, ele vai ter que se sustentar de alguma maneira para poder seguir o filho enquanto ele prevê o futuro, né? Assim como Jack Bauer não ia ao banheiro, não dá para deixar passar o fato de o ex-jornalista ter que comer e sustentar a si mesmo e ao filho.

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    1. Oi Su, sim, no comecinho do episódio eles até falam isso, eu citei a dos seis graus de separação no primeiro paragrafo por ser mais conhecida, depois falo que a série fala de estarmos ligados, apesar de não usar a teoria dos seis graus. Hummm, vou lá ler se escrevi o que eu queria dizer, kkk

      Não conhecia esse livro infantil, vou fuçar amanhã na cultura: tem cara de livro que se precisa tocar para se entender o que realmente é.

      Esqueci do dinheiro!!! Pura verdade, já tô até imaginando os dois viajando de um lado pro outro.

      beijos

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  2. Não consegui assistir, porque é no mesmo horário de Grimm. Infelizmente, a Fox, como a Warner, tem o péssimo hábito de não repertir o episódio. Por que ficam reprisando os Simpsons e Futurama e não reprisam as séries novas? TWD é reprisado a 1 hora da manhã aos sábados.

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  3. Nossa, eu achei chatésimo o piloto e não vi mais nada. Adoro o Kiefer, mas não deu pra encarar, não. Dormi várias vezes durante o episódio…

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    1. Nossa como você conseguiu, eu acordei 4 horas da manha para assistir o DVD que minha colega trouxe, ela me acordou para assistir e não consegui dormir por nada..

      Obs. Considerando assim como a autora do texto sou facinado por Ficção..

      Considere como uma boa série, se você gostar de Ficção claro.

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  4. A D O R E I a série, mas já tem tanto disse-me-disse que penso se não será cancelada…

    O único senão é a feiosa da assistente social. Não havia uma atriz mais interessante e bonitinha, por exemplo, a que faz Alcatraz?

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