E o Globo de Ouro 2011?

Sim, isso foi assunto de segunda-feira, mas como passei por uns dias atribulados por aqui só agora consegui sentar e escrever sobre o assunto. E não podia deixar de falar sobre o assunto porque, se eu não acho que Glee merecia ganhar de melhor comédia, o fato de Laura Linney, Katey Sagal (lindona nessa foto achada pela Naomi do PUBT) e Steve Buscemi saírem vencedores me fez uma fã mais feliz.

Então, se você busca pela lista dos vencedores sugiro dar uma passada no Teleséries. Se o seu negócio é a moda da noite eu sugiro um pulo no Pensamentos de Uma Batata Transgênica e uma olhada em seu sensacional prêmio anual.

A questão é que eu não assisti a esse Globo de Ouro esperando por boas coisas, e nem assisti inteiro, porque os grandes prêmios parecem cada vez mais repetitivos. Se a gente reclama aqui do fato de Oswald Filho ser péssimo quando fala dos seriados indicados precisamos lembrar que ele apenas repete aquilo que uma parcela significativa dos votantes acha, pelo simples fato de que ele e os votantes não assistem TV, ou pelo menos não assistem a estes seriados que tanto gostamos com a necessária atenção que precisam.

É claro que Oswald ainda ganha de lavada deles porque consegue dar fora em cima de fora, seja falando que um determinado seriado, que faz sucesso há anos, só agora é reconhecido, ou porque não sabe direito qual o papel determinado ator faz. Oswald: sabemos que você não é crítico de TV, então só deixe que os ganhadores falem.

Continuando, talvez por não assistir com grandes expectativas, eu tenha achado que eles até que conseguiram realizar mais acertos que erros.

Além disso, ver o trabalho de Kate Sagal em Sons Of Anarchy reconhecido (o seriado merecia o devido reconhecimento, mas esse não é o texto para isso), Laura Linney ganhando por sua Cathy tão cheia de vida em The Big C (sim, existe uma ponta de ironia aqui), e o estranho e feio Buscemi recebendo um prêmio por seu tão complexo Nucky Thompson de Boarwalk Empire tenha sido simplesmente o necessário para que eu dormisse uma fã mais feliz.

Sim, Modern Family ou Community mereciam mais que Glee, e Community nem foi indicada, enquanto Glee não deveria ter sido,  e, por mais que eu o ame, Chris Colfer não merecia mais o prêmio que, bem, qualquer um dos demais candidatos da categoria.

Na verdade, é esperado que o barulho sobre determinada série ou, ainda, a bondade do mercado com determinado perfil de personagem pesem na decisão dos votantes. E é claro que nem todos concordam com minha felicidade – boa parte deve realmente achar que Glee merecia alguma coisa e pode não ser muito gentil comigo nos comentários futuros – mas faz parte do jogo.

O importante, ainda, é não nos guiarmos tanto pelo que os outros falam que devemos gostar ou valorizar, é ter a mente aberta e se deixar levar pela magia de se identificar, de se colocar no lugar de determinado personagem e valorizar quem nos proporciona momentos tão gostosos em frente à telinha.

No final das contas, eu sou uma fã de seriados, do formato, e não de um ou outro seriado em especial, então, quantos mais existirem, mais feliz eu vou ficar.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. “eu sou uma fã de seriados, do formato, e não de um ou outro seriado em especial, então, quantos mais existirem, mais feliz eu vou ficar.”

    hear, hear!

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