Parenthood: The Big O (01×06)

Como eu disse em meu review anterior, seriados familiars costumam usar de mais episódios para nos apresentar os diversos personagens. Acredito que isso resume bem o que aconteceu até aqui: apesar de termos um visão sobre sentimentos e jeitos dos membros da família Braverman, não podemos dizer que tivemos episódios temáticos ou em que um personagem tivesse realmente mais destaque. Sim, um ou outro personagem até pode ter tido mais tempo de tela, mas ainda de maneira equilibrada para que todos pudessem ter seu tempinho.

Aqui as coisas mudam de figura e o seriado só cresceu com isso. E talvez tenha crescido ainda mais em meu conceito pela escolha do personagem que praticamente dominou a tela: Kristina Braverman.

Ela, que nem é Braverman de nascença, uma agregada, deu um show ao mostrar as conflitantes emoções que permeiam o dia a dia de uma mãe: da alegria de ver Max progredindo após a chegada de Gaby, uma terapeuta, ao ciúme e o sentimento de incapacidade, até de culpa, por saber-se mãe e não poder ser a responsável por aquele progresso. Culpa pelo filho não ter nenhum amigo de verdade, alegria por vê-lo brincando com outra criança, mesmo que por um momento.

Ao mesmo tempo, fica clara a solidão de Kristina, que poderia passar despercebida em meio a tantas idas e vindas dos irmãos de Adam. O problema é que não são irmãos dela, além disso, como falar de suas frustrações e medos justamente para a família de seu marido? Eu confesso que, a partir daqui, Kristina ganha lugar de personagem favorita, até mais do que Sarah. Talvez até porque eu tenha mais identificação com ela.

No caso de Sarah: esse foi um episódio bastante infeliz para a personagem. Primeiro pela possibilidade de ela se relacionar com um dos professores da filha. Depois porque a possibilidade se realiza. Para piorar: o professor que mais apóia Amber e que tem garantido seu esforço em melhorar.

Pensem comigo: independente do sentimento de Amber ser inapropriado, quem não passou ou conheceu alguém que teve esse tipo de sentimento na adolescência, que passa como chega e faz parte do amadurecimento? A questão aqui é a mãe pelo meio do caminho. Ainda mais quando o relacionamento entre mãe e filha é tão difícil, aonde é preciso um recomeço.

Finalmente temos Crosby, outro favorite: gostei muito de sua conversa no finzinho do episódio com os pais. Sim, ele é pai e acho que, ao contrário da irmã que já tem dois filhos adolescentes, ele realmente quer assumir isso direito. Fico realmente feliz por ele!

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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