Criminal Minds: To hell… And back (04×25 e 04×26)

Na primeira cena vemos Sharif Atkins. Nosso primeiro pensamento é estarmos de frente para o desconhecido – aquele pensamento simples relacionado ao fato do convidado ser alguém com alguma relevância no meio.

Daí a sequência na fronteira do Canadá e a dificuldade em entender o que realmente está acontecendo: as provas mostram que ele teria matado mais de dez pessoas, mas sua busca por ajuda indica que algo mais está acontecendo.

A primeira metade do episódio passa voando. É o momento de apresentarmos a história, juntar pistas, entender o que acontece. A descoberta dezenas de mortes de pessoas cuja sociedade parece ter desistido é ainda mais chocante por isso, pela maneira que tudo aconteceu, o que depois é tão bem descrito por Hotch em seu monólogo no final.

E então somos apresentados ao pior assassino já mostrado no seriado: Garret Dillahunt – o russo enlouquecido de Life – interpreta assustadoramente bem o homem que ficou preso a uma cama após um acidente, tetraplégico e que passa a usar seu irmão, que sofre de retardo mental, como instrumento para experiências científicas usando as vítimas, prostitutas e sem-tetos.

Pausa para a observação do pior assassino: talvez ele não seja o mais frio, todos os são, talvez não tenham sido as piores mortes ou as causadas pelo motivo mais idiota; mas, sem sombra de dúvida, foi o que mais matou e, como poucos, o que menos valor deu à vida de alguém.

A segunda metade poderia padecer do problema comum de episódios duplos: ser lenta, já que o principal já foi demonstrado. Mas isso não acontece: temos cenas que falam aos nossos sentimentos e nos sentimos tão esgotados e frustrados quanto Morgan; ou admirados com a capacidade humana para o mal quanto Garcia; ou ansiosos para salvar uma vida, assim como Prentiss, e Spencer, e Hotch.

A edição das cenas da casa – com o soldado matando o assassino, que de outro modo poderia nunca ser condenado e, ao mesmo tempo, lhe dando o que ele queria – e do abrigo na floresta – com o pobre rapaz sendo morto – servem para isso também: tentar colocar alguma ordem em nossos pensamentos em meio a tanta coisa para pensarmos.

E então vem o monólogo final de Hotch, a primeira demonstração, em tanto tempo, de como ver tanto horror afeta ao líder da equipe e a equipe como um todo. A verdade por trás da capacidade do ser humano de fazer tanto mal, de uma maneira que ainda nos surpreende.

Um episódio como esse não precisava de um gancho para garantir um retorno brilhante na próxima temporada –as imagens da equipe cansada chegando ao escritório já bastariam – mas então Hotch tem uma visita em sua casa. Um homem mascarado e sua arma.

Já desconfio de quem seja, afinal, a história ficou em aberto não faz tanto tempo. Saber disso não diminui a ansiedade em descobrir o que vem agora. Graças a Deus, e a AXN, nem vamos precisar esperar muito.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Essa finale é realmente um espetáculo. Minha preferida ainda Lo-Fi, mas essa chegou bem perto. E realmente é sorte de quem está vendo pela AXN que não vão passar a angústia de meses que passei.

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  2. eu vi esse episódio domingo, no calor infernal q fez em porto alegre, e quase não acreditei no q vi, foi uma season finale excelente mesmo, alias todas as tempordas de Criminal minds terminam de forma expetacular.

    Medo daquele cara na cama, acho q mereceu oq aconteceu com ele, pena que foi as custas de alguem q não merecia ir preso, assim como o Lucas não merecia ter sido morto, muitra pena dele.

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