Grey’s Anatomy: I Always Fell Like Somebody’s Watchin’ Me (06×03)

Greys Anatomy S06E03 06x03

Às vezes eu fico pensando se não existem sinais de Shonda e sua trupe são um bando de esquizofrênicos. Pensem comigo: tem episódio em que eu sinto vontade de desistir de tudo, nunca mais ver Grey’s Anatomy outras vez. Aí vem outro e eu fico emociada e eu adoro e eu acho uma das melhores coisas que ela já escreveu. Só pode ser bipolaridade, não é não?

Eu não havia gostado do episódio duplo que abriu esta temporada, achei fraquíssimo, sem emoção, sem identidade. Mal esse começou e eu já sabia que vinha coisa boa, que tudo seria diferente.

Meredith falando sobre paranóia e todo o hospital em polvorosa pela ameaça de demissão – abrindo parênteses: eu fui auditora em uma grande empresa internacional por cinco longos anos; quando maio chegava, com ele chegava a época do corte, isso significa que, após a avaliação de gerentes e sócios eles definiam quem seria promovido em Setembro e quem perderia o emprego; por acaso o período coincidia com a fase em que mais gente ficava fazendo nada no escritório após o período de alta; pois bem, o clima retratado por Shonda neste episódio é bem próximo do estado que ficavam os novatos com a cabeça a prêmio.

E aí você percebe que o episódio foi bom: eu criei uma ligação com ele, ele me tocou. E, ainda assim, conseguiu ser muito divertido, exceção feita para Richard, que poderia ter um ataque e ganhar longas férias longe do hospital. Sério, que tipo de chefe é esse?

E, enquanto um velho personagem é muito mal desenhado, o trio Cristina, Meredith e Lexie ganha espaço e faz bonito: adorei Mer justificando sua calma porque teve infância problemática; Lexie ficando louca e depois se encontrando e depois chorando quando toda a adrenalina finalmente baixou; e Cristina tentando a pediatria. Sério, teria coisa mais improvável e mais engraçada?

E, já que não gosto da Izzie, mas vou ter de aguentá-la por um tempo ainda: Izzie, para mim, serve para que Alex mostre o seu melhor, mesmo que algumas vezes seja de maneira meio torta.

Até mesmo do caso da paciente com o filho esquizofrênico, que foge de Lexie e depois se machuca, eu gostei e, temos de dizer, fazia tempo que eu não gostava tanto de um drama de paciente – e mesmo Bailey voltou a morar no meu coração.

E, depois de tanta coisa boa, um final sensacional: Derek, Owen, Sloan, Lexie, Cristina e Mer em um campo de baseball. Pode parecer absurdo, mas tem tudo a ver com esse momento em que a tensão se torna parte de você e você precisa bater em algo, ou alguém, para deixar as coisas passaram.

Ah, também adorei a trilha sonora do episódio, algo que, para mim, é muito importante.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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