Emmy 2009, mais do mesmo?

Emmy2009-cryer e chenowet

Mais um Emmy se passou, já se vão sessenta e um, e pouca coisa mudou: com a impossibilidade de assistir tudo o que passa na televisão os “juízes” assistem apenas Às fitas enviadas pelas produções e votam também influenciados belo burburinho dos críticos.

Em mais uma edição morna, nem Neil Patrick Harris poderia salvar o programa do marasmo, poucos são os momentos que podemos destacar como bons. Os emocionantes, então, existem em menor número ainda. Eu poderia falar do vídeo em homenagem as perdas ocorridas no último ano, com acompanhamento da belíssima voz de Sarah McLahan, dos discursos de Kristin Chenoweth e Glenn Close, a primeira descontroladamente feliz, a segunda declarando que Patty Heiwes é o papel de sua vida, e o hilariante discurso de Rick Gervais.

A idéia de dividir a premiação em blocos distintos, primeiro comédia, em segundo miniséries e filmes para televisão, depois reality shows e, finalmente, as categorias de drama funcionou melhor do que eu esperava, e ainda me permitiu assistir a Amazing Race América Latina e voltar sem ter perdido nada de importante. Senti falta, na última parte, dos melhores elencos entregando o prêmio para as melhores séries de comédia e drama.

E eu tive a vã esperança de que essa pudesse ser uma premiação diferente quando vi Kristin Chenoweth ganhando como atriz coadjuvante por Pushing Daisies – se eu não gostasse tanto dela eu ia falar muito mal do vestido que ela escolheu – e Jon Cryer finalmente receber o reconhecimento por seu Alan Harper em Two And A Half Men depois de quatro indicações – ele é o verdadeiro talento do seriado. Mas deveria ter ido dormir antes do final… Ia dormir bem menos irritada.

Kristin e Jon foram as únicas novidades num conjunto de repetições: 30 Rock como melhor comédia, Mad Men como melhor drama – drama mesmo é tentar assistir a um episódio inteiro sem dormir – Glenn Close (Damages) como melhor atriz e Bryan Cranston (Breaking Bad) como melhor ator em drama e Alec Baldwin como melhor ator de comédia.

The Amazing Race faturou pela sétima vez como melhor reality show de competição, merecidamente, me desculpem, e The Daily Show como programa de variedades. Pelo menos com essas duas categorias eu nunca me decepciono.

United States Of Tara foi a única série estreante a faturar alguma coisa, com o prêmio de Toni Collete como melhor atriz em comédia.

E para quem acredita que é a terceira que vale foi a vez de ver Michael Emerson ser premiado por Lost. Já Cherry Jones (24) foi a zebra da categoria atriz coadjuvante em drama – não por seu talento, mas pela concorrência forte na categoria.

Em minisérie e filme para televisão a HBO continua sendo praticamente uma unanimidade e eu não poderia ficar mais feliz do que com o prêmio de Shohreh Aghdashloo por House Of Saddam. Brendan Gleeson faturou como melhor ator por Into The Storm.

No quesito moda essa foi uma premiação sem grandes surpresas, para o bem e para o mal, mas sempre tem alguém que erra feio. No caso tivemos quatro desastres:

Emmy2009-Lisa Edelstein-Photo by Steve Granitz - © WireImage.com

No quesito cabelo a pergunta é: o que fizeram com Lisa Edelstein? O vestido já não era digno de nota e aí uma ave desconhecida resolveu estragar tudo. Só aceito essa explicação. Não posso acreditar que ela tenha pedido ao cabeleireiro para fazer aquilo!

Emmy2009- Patricia Arquette- Leighton- Sarah Silverman-© WireImage

No quesito me joguei no guarda-roupa e o que ficou eu trouxe temos Patricia Arquette, que parece incapaz de acertar uma, e Sarah Silverman, seu vestido só não foi mais ridículo que ela usando bigode na premiação de melhor atriz de comédia. Mas a campeã foi Leighton Meester que amarrou a cortina do quarto nos ombros e partiu para o abraço.

Eu também falaria da Kristin Chenowet e Mary Lousie Parker e seus vestidinhos curtos, mas gosto das duas e dou um desconto.

Emmy2009-torv-byrne-cuoco-klum-fey-sandraoh-© WireImage

Os modelitos de que mais gostei : Anna Torv, Rose Byrne, Kaley Cuoco, Heide Klum, Tina Fey e Sandra Oh. Anna Torv e Sandra estavam simples e realmente lindas.

Os mais simpáticos: David Boreanaz, Michael J. Fox e o elenco de The Big Bang Theory – alguém me explica como é que o Jim Parsons não ganhou o Emmy por favor?

emmy2009-boreanaz-thebigbangtheory-michaeljfox-© WireImage

P.S. E não esqueçam do sempre sensacional prêmio da Tia Batata. Já!

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

8 Comentários


  1. Pensei que era só eu que achava Mad Men um porre!
    A repetição nas premiações torna tudo muito chato!
    Patricia Arquette não havia se divorciado de Thomas Jane? Ela realmente não acerta uma! Tá certo que ela está meio gordinha, mas isso não justifica o mal gosto

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    1. Nossa, não aguento mais que dez minutos!
      Nem reclamo tanto da repetição, mas das escolhas mesmo. Querem dar uma de superiores e escolher algo que ninguém vê.
      Eu tbm achava que os dois tinham se separado ano passado. Bom, ela escolhe muito mal roupa, mas esoclhe bem marido, hehe.

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  2. Deus, ainda bem q não fui só eu q perguntei oq aconteceu com o cabelo da lisa edelstein!!!!

    podemos considerar q o cabeleleiro era cego???

    do mais, continua o mesmo,mesmos indicados, mesmos ganhadores…

    Obs: a glenn close merece e mt um emmy, pq ela é senssional de patty Heiwes

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  3. MAD MEN é uma série com milhões de nuances e reflexões sobre a década de 60, como o uso desenfreado do cigarro, das bebidas, da discriminação racial, das mulheres sendo tratadas como lixo, além da total falta de respeito com o meio-ambient e de como a publicidade começou a formatar o mundo e a cabeça de milhões de pessoas. Todos esses comportamentos e as mudanças desses mesmos comportamentos também mostrada na série, levaram o mundo para o lugar que ele está hoje. No meio disso tudo, Don Drapper, personagem magistral, que tem tudo mas ao mesmo tempo não tem nada, apenas o vazio de existir. Depressão, angústia e tanta outras doenças modernas tiveram suas origens ali também. MAD MEN é uma grande série, muito bem produzida. Pena que apreciada por poucos.

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