Por que eu não suporto LOST

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*texto publicado originalmente no Teleséries

Eu sou fã de boas histórias, sempre fui. Na verdade meu gosto vai além de boas histórias, pois algumas vezes elas são piegas ou repetidas. O que eu sempre gostei foi a viagem que uma história bem contada pode lhe levar a fazer. Comecei com os livros, vieram os filmes e, finalmente, os seriados de televisão.

Quando Lost estreou no Brasil, há distantes cinco anos atrás, eu estava mais que ansiosa para acompanhar. Não era fã de JJ Abrams, na verdade não havia gostado de nenhum dos dois seriados anteriores dele (Felicity eu ainda suportava), mas o burburinho era enorme sobre o quanto ela havia mudado a maneira de se contar uma história.

E isso se confirmou ao longo da primeira temporada, em que eu me sentava religiosamente na frente da televisão para acompanhar o seriado. Fiz isso na segunda temporada também, mas, dessa vez, ao final de alguns episódios eu me sentia imensamente incomodada.

Veio a terceira temporada e a decepção foi completa. Eu ficava me perguntando o que havia acontecido, por que tantas reviravoltas, idas e vindas. Chata como sou, ficava reassistindo alguns episódios, para descobrir que o que mostravam agora não cabia de maneira alguma no que já havia sido mostrado antes.

As poucas respostas entregues normalmente eram absurdas, e em meio a um ou outro episódio realmente bom, o restante era fraco e sem sentido. Lia os comentários na Internet de pessoas deslumbradas com coisas que eu considerava apenas estranhas.

A libertação veio com um vídeo indicado por um amigo (que você vê abaixo), em que é feita uma paródia com o trabalho dos roteiristas do programa. Depois de vê-lo eu ligava a televisão e ficava imaginando a Tartaruga Mágica aparecendo a qualquer instante. Pior: a idéia dela aparecendo não parecia absurda perto de todo o resto que eu via.

Abandonei o seriado ao final da terceira temporada, sem arrependimentos, a despeito de um monte de gente me falar que nunca ela foi tão sensacional. A impressão que eu tenho é que todo mundo dedicou tanto de sua atenção e crença nesse negócio que eles precisam desesperadamente que ele seja realmente bom, que as respostas sejam boas.

Posso até não odiar Lost, mas não tenho dúvidas do quanto é super-estimado e acredito que o conceito, a idéia, acabou sendo muito melhor que sua execução. Quem sabe deslumbrados por sua fama, os próprios roteiristas ficaram confusos ou não souberam lidar com as expectativas para as questões colocadas.


Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

28 Comentários


  1. Gostei mt da primeira temporada, +/- da segunda, detestei a terceira… Mas a quarta voltou aos bons tempos que melhoraram ainda mais nessa quinta
    Se voce soubesse o que perdeu no fim da 4º temporada e está perdendo nessa 5º vce teria arrapndimentos

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  2. Simone, já faz um tempo que leio seu blog e sempre adorei seus textos críticos… e mesmo tendo continuado assistindo (pra eu parar de ver algo que comecei tem que ser muito, muito ruim…) eu concordo em quase todas as coisas que disse… a série se perdeu e viajou legal… o que começou com a sobrevivência de ilhados, passou a um mistério em que pessoas viajam no tempo, e isso é ridículo para qualquer um!!! Mas ainda tem bons momentos, e eles valem assistir as loucuras que colocam…

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    1. Oi Lenon, sei que o pessoal tyem mil coisas que acham interessantes, mas eu acho que não vale o preço a pagar de aguentar o resto.

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  3. Tah insuportavelmente irritante. Não vejo a hora de q acabe, pq sim, eu quero ver o final dessa merda. Nem q seja pra tirar sarro! rs

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  4. Ê dona Simone,viu a confusão que a senhora causou com esse post lá no Teleséries?que discussão,hein?!! hehe,bjs.

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    1. A intenção não era causar confusão, apenas mostrar diferentes opiniões. E acho que o resultado não foi de todo ruim, estava esperando milhares de pessoas me xingando…

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  5. Simone, só hoje fui ler seu texto e realmente, tudo o que pensava e não conseguia dizer está escrito.
    Parei de ver na segunda temporada, a série com certeza é super-estimada e acho que a sua teoria sobre as pessoas terem dedicado tanto tempo a essa bobagem (em minha opinião) faz com que elas queiram desesperamente que essa dedicação tenha valido a pena.
    Não aguento ver todos os blogs especializados em séries dedicando seu espaço a essa série e deixando outras séries realmente boas de lado.
    Não vi os comentários no Teleséries, mas já imagino o monte de ofensas e reclamações, os “lostmaníacos” devem realmente ter ficado irritados.

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    1. Ivonete,

      Por incrível que pareça a maior parte dos comentários foi de apoio. Teve até um que escreveu que, ao contrário do que a gente pensa, LOST tem menos fãs do que a gente pensa, mas falam tanto e tão alto que conseguem abafar a voz dos que não gostam.

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      1. Depois fui até o Teleséries ler e tb deixei um comentário lá.
        Me surpreendeu o número de comentários de apoio ao seu texto.
        Quer dizer que um monte de gente tb não suporta Lost e nós temos que aguentar todos os blogs só falando de Lost? vc sabe há quanto tempo reclamo dessa “overdose” de Lost e agora fico ainda mais indignada por descobrir que a série não é uma unanimidade, aliás está longe disso.
        Sabe o que eu acho? Vai ver que “Ghost Whisperer” tem muito mais fãs do que “Lost”, mas a maioria está escondida com medo de ser taxado de brega. Enquanto isso dá-lhe matérias, comentários, teorias etc sobre aquela ilha e seus cansativos mistérios.

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      2. Sobre a popularidade da série um simples indicador é a quantidade de legendas baixadas (vide site especializado de legendas), toda semana Lost está em 1° com o dobro ou o triplo de downloads do 2° colocado. E nessa reta final da serie nem se fala. Um simples indicador de qual serie conquistou mais seguidores. E dizer que “Ghost Whisperer” tem mais fãs…..sinceramente.

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  6. Simone, vc conseguiu ir mais longe do que eu. Parei na metade da 1º temporada e não me arrependo. Só tive saudades do Sayid. 😉

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  7. Lost é pra ser assim mesmo, mistério atrás de mistério, sem revelação nenhuma, só agora, na 5ª e/ou sexta temporada as coisas vão começar a se esclarecer. E viagem no tempo… e tudo o mais, que que tem? eles fazem as coisas bem plausíveis.

    Além do mais, os flashbacks do Lost tornam os personagem bem mais profundos que os de outros seriados.

    E eu já acho a execução de Lost bem melhor do que a idéia, seja lá qual for a idéia.

    O que eu acho, ainda, é que só vai dar pra julgar a série depois que ela terminar e a gente souber até onde tudo isso chegou. O meio dela, pra mim, é excepcional. Tanta coisa acontece, coisas tão inesperadas, tão originais, tão geniais. Resta saber se tudo isso vai ter algum sentido plausível no fim. Mas episódios como The Constant e o (pra mim) esclarecedor encontro entre Ben e Widmore da quarta temporada me fazem ter fé nos roteiristas.

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  8. Olá!!
    Eu realmente estava viciado em Lost com todos seus “baralhos”, mas depois que comecei a ver a 2° temporada de Damages , “libertei-me” e cai nos braços de Patty Hewes. Com a respiração acelerada, eu “suguei” e quase surtei, com os 12 episódio. Meu coração quase parou. Agora, fica difícil ouvir Ben, Jacob ou o pateta do Jack, tento testemunhado algo tão grande! Só Deus sabe como estou esperando o grande final de Damages!!!

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  9. Ok. Quando você coloca em um texto o título de “Por que eu não suporto Lost”, a gente vai ler esperando descobrir por que você não suporta Lost. Tudo o que você fez, no entanto, foi descrever sua super interessante jornada sofá adentro em frente à televisão enquanto Lost passava. Digamos, pelo bem da boa educação, que “não gosto” não é um argumento para “não gosto”.

    Acho que o problema de quem escreve mal sobre Lost é exatamente esse. Nunca dá um motivo. A explicação nunca vai além de “eles estão viajando muito”, o que é bem sério. Afinal de contas, não gostar de uma série porque ela é muito fantasiosa é a mesma coisa que rejeitar uma fábula porque lobos não falam nem comem meninas de capuz vermelho. Se o problema, por outro lado, está na coerência entre os elementos internos dessa fantasia, quem escreve um texto como esse não sabe identificá-los, simplesmente porque não o faz. Rejeitar a fantasia é triste porque é falta de imaginação.

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  10. Nao vi coerência alguma nesse texto. Como é possível você escrever sobre LOST se você sequer assistiu a 5a. temporada? Também fiquei irritada com a terceira temporada, mas humanos são pacientes e sabem que não existe glória sem passar pela dor. Comparação idiota, mas exemplifica bem.

    Alguns seriados realmente testaram a minha paciência, como Pushing Daisies, que se tornou ultra repetitivo e toda semana era SEMPRE a mesma coisa, sempre repetindo a história, sempre tendo que resumir TUDO desde o piloto e o resultado: cancelaram. O plot era muito interessante mas se perdeu, a maionese desandou e não conseguiram desenvolver melhor a idéia.

    Lost já é bem diferente porque reúne tanta coisa sobre tantos universos que fica impossível dizer “não suporto”. Overdose de Lost é explicável porque justamente tem intrigas, tem mistério, tem enrolação, tem um elenco excelente e incluo aí o Michael Emerson que foi simplesmente brilhante (e merecedor de um Emmy/Globo de Ouro) durante a 4a. temporada que você se recusou a assistir. A 5a. temporada se obriga a ser esclarecedora porque é a penúltima e ninguém aguentaria mais 2 temporadas. Chegou num ponto que tudo PRECISA de explicação e nada está ali por acaso. Não dá pra entregar o ouro logo de cara!

    Overdose mesmo é de Gossip Girl. Nunca me interessei por esse OC da costa leste. OC tinha uma ótima trilha mas se perdeu quando incluiram um romance lésbico sem sentido. Algo bem Jump the Shark pra ganhar audiência. Gossip Girl me parece ser a mesmíssima fórmula e bem insosso. Duvido que consiga emplacar e se manter sólido pelos próximos anos.

    Sou fã de Lost sim, mas se for pra falar contra por favor tenha argumentos consistentes.

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  11. Como é possivel alguém não adorar lost? é das melhores séries de sempre. Já lidei com colegas que dizem que não entendem, porque está tão depressa a contar uma história e passa a contar outra. Das duas uma, ou não conseguem seguir porque não têm capacidade para tal, ou o gosto dessas pessoas deixa muito a desejar.
    JJ Abrams, e a série perdeu ali qualquer coisa desde a primeira até à terceira. Voltou na quinta com a mesma força(pena aquele submarino, que para a série com maior orçamento era para fazerem algo melhor) mas ainda assim… Agora, esta série tem um enorme defeito. Só consegue ver quem a segue desde o inicio,porque eu lembro-me quando vi na tv, uns episodios aqui, outro ali, uma vez não via, depois via um bocado e pensei “Fdx isto é que é o lost de que tanto ouço falar?” Até que vi a série do inicio e whowwwwwwwwwwww. nunca mais consegui parar.
    Por isso, vejam do inicio. Por amor de Deus é a melhor série que há!! Depois está 24,heroes,prison break, Depois talvez os sitcoms, according to jim, everybody loves raymond(os primeiros), how i met your mother, etc não faltam boas séries.
    Mas lost meus amigos…do best

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  12. Pois é. Gostar de Ghost Whisperer, com a atuação ridícula e vergonhosa da Jennifer Love Hewitt e não gostar de Lost, é realmente uma coisa que não da para entender.

    Achei esse post do nada, e não tive como não comentar.
    Lost é a melhor coisa criada na televisão. O arrombo que fez na história da TV é inexplicável. Mudou o jeito de ver a TV e foi o que atraiu milhões de pessoas para serem adoradores de seriados. Isso, gostando ou não, é indiscutível.

    Mas sobre a história. Personagens milimetricamente criados com suas histórias e imperfeições, procurando redenção e vitória (é o que nós procuramos na vida), com atuações impecáveis de atores como Michael Emerson, Elizabeth Mitchell, Terry O’Quinn e Jeremy Davies (parando na terceira temporada não dá para apreciar bem essas interpretações mesmo).
    História épica que busca a ligação ou não ligação de destino e livre arbítrio, mostrando com esperança que deve-se lutar contra o mal e reparar os erros enquanto há tempo. É isso que está por trás de Lost, toda sua magia e todos seus mistérios fazem dela, com certeza não ser subestimada, não mais agora. Fazem dela sim, ter os seus fãs fiéis e uma multidão de pessoas que não conseguem seguir a história, até por um pouco de falta de dedicação e paciência, pq Lost não é só na telinha, e sim nos podcasts, entrevistas, jogos, quebra-cabeças e mobisódios. Por isso ela mudou o jeito de se ver TV. Todos os créditos para a melhor série de todos os tempos.

    Mas, gosto é gosto.

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  13. Fala sério.Ainda tem gente querendo argumento para justificar o quanto a série é ruim?Não sabem interpretar o texto dela?Concordo com tudo que ela colocou.Enrolação pura.

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    1. Não adianta, eles jamais vão aceitar. Pior só quando se decepcionarem com o final: uns não vão admitir, outros vão ser os chatos.

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  14. Várias pessoas podem gostar de uma determinado programa, mas sem sempre pelos mesmos atrativos.

    Gostei de LOST até a terceira temporada, a partir da quarta fiquei meio desapontado e na quinta meio triste por ver uma série tão maravilhosa se afundar em um bang-bang

    O que me fez gostar de lost foi ver que cada escolha feita pelos personagens era determinada por algum fato no passado. Ver isso acontecendo é fantástico. Também os diálogos e atritos que ocorriam entre pensamentos diferentes como “determinismo” e “livre arbítrio”. O fato dos personagens principais estarem “perdidos” muito antes do avião cair me chamou muita a atenção, existem muitas coisas que ficam suspensas na série e não são todos que sacam. Já a terceira temporada veio com algumas “lições de moral” e uma melhora significativa dos conflitos entre os personagens e tudo mais. Quem fez a série tem boas noções de psicologia, principalmente a comportamental.

    Existem dois tipos de pessoas, as que são “objetivas e otimistas” e as “realistas”.

    LOST tem o que eu chamo de “ouro dos tolos”, que seria o mistério da ilha. Esse “ouro dos tolos” servem pra pegar o primeiro tipo de pessoa, “as objetivas e otimistas”. Quem foca a série nos mistérios vai só perder tempo. Eu acredito que o mistério seja a parte menos importante da série, mas admito que ele vende bem.

    Por outro lado, quem se foca mais nos personagens, na resolução de conflitos internos e sabe que “tudo é ilusão” pegou um prato cheio, pelo menos até a terceira temporada.

    Já a quarta e a quinta são voltados pra ação, mais “ouro dos tolos” e menos conteúdos que realmente importam. A única coisa boa foi ver o psicopata do Linus em ação/ Bem, eu espero que essa nova temporada me surpreenda de forma positiva.

    Quem for objetivo é bom mesmo não gostar de LOST. Melhor não perder tempo; pois difícilmente conseguiria ver os conteúdos que realmente importam na série.

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  15. Saudações para todos,

    Também sou fã de boas histórias e Lost, certamente, me cativou desde o começo e continua me cativando sem problemas. As manifestações que vejo pela Web contrárias a Lost tem uma explicação bem simples.

    O público em geral pode ser classificado em termos de interesses culturais por o que eu chamaria de apreciadores de drama e apreciadores de fantasia.

    Os apreciadores de drama (incluo aí a comédia, suspense, etc, numa leitura mais ampla de drama) despertam interesse em histórias calcadas na realidade, “com pé no chão”, “certas”, “a vida como ela é”. Embora tolerem desvios do contexto real, em maior ou menor grau, mas defendem um bom drama. Não estou discutindo aqui fatores como qualidade ou grau de complexidade. Podem apreciar novelas, Big Brother, séries dramáticas como Plantão Médico, Lei e Ordem, CSI, Damages, Roma, Band of Brothers, Friends, Glee, Senfield, 24 Horas, House, Numb3rs, 90210, entre tantas. Muitas das quais também gosto e muito, outras nem tanto.

    Nesse aspecto, Lost surge como uma série de grande destaque porque constroi um mistério em torno da ilha, com muito drama, suspense, romance e humor, personagens bem construidos, roteiros complexos, enriquecidos com os flashbacks que ajudam a tornar os personagens ainda mais fascinantes, a idéia da ligação entre os personagens por causa do destino, um tema recorrente na maior parte das obras de JJ Abrams. Tudo isso se mantém na primeira e segunda temporada.

    Entretanto, existe também outro tipo de público, de “mente aberta”, que valoriza a criatividade e a originalidade acima de tudo, aceitando e apreciando portanto quando um produto cultural saia da esfera da realidade e mergulha mais ainda na fantasia e seus gêneros por excelência, terror, ficção científica, etc. O filme Senhor dos Anéis é um grande exemplo. Em séries podemos considerar Twin Peaks, Arquivo X, Jornada nas Estrelas, Alias e Fringe, também de JJ Abrams, Babylon 5, Battlestar Galactica, Heroes, Smallville, Supernatural, entre outras. Aqui eu me incluo como um “mente aberta” que, embora aprecie obras realistas, meu gênero favorito é a Ficção Científica e encontro em Lost, não apenas um dos melhores seriados, como considero o melhor de todos os tempos.

    Tal como uma ilha, a série Lost mostra, em sua primeira e segunda temporada, uma superfície de realismo para, nas temporadas seguintes mergulhar num oceano de Ficção Científica, especificamente a partir do episódio 08 da Terceira Temporada quando Desmond começa a experimentar os efeitos da Ilha em sua vida, a série deixa ali seu recado: Lost é Ficção Científica. Antes dava dicas sutis de ser do gênero, mas tudo ficou bastante claro nesse episódio por entrar na temática das viagens no tempo.

    Naturalmente, aqueles fãs de Lost do time dos realistas começou a ver como perda de tempo, se sentiu incomodado, decepção completa, viajou legal, insuportavelmente irritante, série super-estimada, bobagem, apenas citando expressões do próprio texto da Simone e de alguns comentários contrários a série.

    Defendo Lost, embora não seja um fã xiita da série. Reconheço a enrolação do começo da terceira temporada, o excesso de esticada para revelar certos mistérios, algumas incongruências quanto a característica de personagens importantes, coadjuvantes descartaveis, principalmente nas últimas temporadas.

    Por outro lado, Lost é um exercício de criatividade porque sempre surpreende, demonstra que os autores sabiam para onde iam com a trama desde o início, as peças se encaixam, mesmo com indas e vindas pelo tempo e com realidades alternativas. A série demonstra um sentido lógico e coeso, embora fantasioso. O mais divertido em Lost é realmente juntar as peças do quebra cabeças e quando surge uma nova revelação, tudo o q se viu até esse ponto, volta a fazer sentido. Claro q na ânsia de surpreender o público, algumas escolhas não foram muito felizes. Ainda assim, sou a favor da série.

    No geral, considero q Lost é um grande triunfo de seus realizadores e até recomendo aos revoltados com Lost, abram um pouco mais a sua mente para novas idéias, para as reviravoltas, para as peças do quebra cabeças se encaixando num sentido sempre inesperado. Lost é um sopro de criatividade no mar da mesmice televisiva. Por isso, é uma série revolucionária, em todos os sentidos. Continou fã de Lost como na primeira vez q vi o primeiro episódio da primeira temporada e aguardo ansiosamente sua conclusão com a certeza de ter acompanhado uma rica experiência que mostrou ousadia e criatividade o tempo inteiro. Adoro ficar Lost.

    Vejo vocês nessa vida ou na próxima, brothers.

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  16. pois ao contrario de voces tive toda paciencia do mundo e esperei todos esses anos e aluguei a serie completa e nao me arrependo um so minuto . eu dormia as 4 da manha assistindo lost. inebriante , sem mais palavras para descreve-lo e gostaria muito de uma continuaçao apos alem. o que eu detesto e seriado sem fim.

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  17. “A impressão que eu tenho é que todo mundo dedicou tanto de sua atenção e crença nesse negócio que eles precisam desesperadamente que ele seja realmente bom, que as respostas sejam boas.”
    Não, não.. Eu achei boa pq eu achei boa msm 😛
    nada a ver esse negocio de a pessoa ter que “acreditar desesperadamente” q era boa e etc.
    Vc gostar ou não, é questão pessoal sua, mas nessa parte vc viajou.

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  18. Cheguei um pouco tarde na discussão. Um pequeno atraso de 10 anos. Será que alguém ainda lê isso?

    Pois bem, hoje, me veio à lembrança essa famigerada série e pensando um pouco sobre ela, também cheguei a conclusão de que foi uma grande ideia tragicamente mal executada. Isso, por consequência, me trouxe até aqui.

    Lembrei de que, na época, ao não suportar mais tanta enrolação, comentei com um então amigo que deixei de assistir Lost por achar “uma viagem”. Veio, de imediato, uma resposta pouco amigável, sugerindo que eu não tivesse gostado da série por não entendê-la. Mais tarde, vi que esse argumento era comum entre fans da série para “defendê-la”. Inclusive, podemos confirmas isso por aqui.

    O que nunca entendi, na verdade, é por que algumas pessoas tem tanta dificuldade em lidar com o fato de que alguém possa simplesmente não gostar. Lost não é uma novela Kafkiana. Não há nada tão complexo para não entender. O que há, realmente, é um excesso de devaneios. De forma bem clara, um apelo ao sobrenatural e uma encheção de linguiça sem tamanho.

    Foi isso que me fez perder o interesse na série. E não, não queiram comparar Lost com qualquer outra obra de ficção para tentar invalidar esse argumento ou então dizer que quem não gostou de Lost não gosta do gênero. Revolução dos Bichos é uma fábula que trata de animais falantes que agem como humanos e organizam-se em sociedade, mas que, ao mesmo tempo, não é “uma viagem”.

    Infelizmente, Lost foi uma grande ideia, com muito potencial e que se perdeu pelo caminho.

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  19. Fringe e Dark acertarm em tudo o que Lost e Arquivo X erraram feio. Fringe e Dark são séries que possum três ou quatro episódios medianos em cinco e três temporadas que evoluem e mantém o padrão de qualidade. Nenhum episódio de Fringe e Dark é desnecessário, os mistérios são revelados com precisão cirúrgica no seu devido tempo e ambas possuem finais competentes e elucidados. É notório e sabido que Lost e Arquivo X possuem temporadas ruins e episódios com “encheção de linguiça” cujos enredos são tão complexos que os roteiristas foram incompetentes para desenvolvê-los e em nada acrescentaram às tramas principais. Os finais de Arquivo X e Lost são tão incoerentes quanto ridículos. Fringe e Dark são incomparáveis com Lost e Arquivo X no quesito de originalidade das suas tramas principais. Lost e Arquivo X são um rascunho mal feito de Fringe. Dark e Fringe são as melhores séries de ficção-científica, drama e suspense de todos os tempos.

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