John Adams, Episódio 2: Independence

Continuo extasiada e corro o risco sério de não me segurar e sair assistindo um depois do outro e passar a noite em claro, coisa que já quase fiz ontem.

Mas o segundo episódio de John Adams pode ter decepcionado alguns telespectadores: ele foi uma aula de política, uma aula da história americana, mas foi um episódio pesado, de falas longuíssimas, de cenário estático. Isso pode cansar, principalmente aos menos acostumados com seriados históricos.

Ainda assim, eu me atrevo a dizer que John Adams se tornou minha minissérie histórica favorita, mil desculpas querido Napoleão.

Este foi o episódio para conhecermos as pessoas que não só tiveram importância no processo e luta pela independência da América Britânica, que se tornaria os Estados Unidos da América, como também teriam papel fundamental nos primeiros anos da nova república e na elaboração da Constituição Americana, um dos mais importantes documentos Mundiais.

A Declaração da Independência trazia em seu texto toda a genialidade de Thomas Jefferson, escolhido por John Adams para redigir o documento, e foi uma resposta mais que adequada ao documento chamado de Leis Intoleráveis, promulgado pelo Partido Britânico em 1774:

Nós, por conseguinte, representantes dos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, reunidos em CONGRESSO GERAL, apelando para o Juiz Supremo do mundo pela retidão das nossas intenções, em nome e por autoridade do bom povo destas colônias, publicamos e declaramos solenemente: que estas colônias unidas são e de direito têm de ser ESTADOS LIVRES E INDEPENDENTES; que estão desobrigados de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como ESTADOS LIVRES E INDEPENDENTES, têm inteiro poder para declarar a guerra, concluir a paz, contrair alianças, estabelecer comércio e praticar todos os atos e ações a que têm direito os estados independentes. E em apoio desta declaração, plenos de firme confiança na proteção da Divina Providência, empenhamos mutuamente nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra.

Ver Thomas Jefferson, George Washington e Benjamin Franklin em cena, interpretados de forma magistral por: Stephen Dillane, David Morse e Tom Wilkinson, respectivamente, foi inebriante.

Mas, o que realmente não deixa minha memória, foi a cena de Abigail Adams optando por “vacinar” a si e a seus filhos contra a peste, se é que podemos chamar cortar a sangue frio o braço de uma criança e neste aplicar parte do verme de outra pessoa como vacinar.

Mais uma vez o roteiro mostra a força de Abigail, mulher decidida e forte que se fez sozinha, tendo estudado apenas em casa e tendo uma infância extremamente complicada devido a sua saúde frágil.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Eu gostei MUITO do episódio! Não vou falar que é meu favorito pq ainda não terminei de assistir, mas é um forte candidato.

    Com certeza aquela cena da “vacinação” é muito forte! Comentei ela o dia inteiro para família e amigos depois que assisti…

    Inclusive estou me dando ao trabalho de pesquisar um pouco mais sobre Abigail Adams. O que a minisérie nos passa é que foi uma mulher sensacional.

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