Boston Legal: The Nutcrackers (3×10)

Boston Legal 3×10

As loirinhas aí de cima cantam essa musiquinha aqui:
“Rise up and shine,
Levatem e brilhem,
America’s sons and daughters
Filhos e filhas da América
Rise up and shine,
Levantem-se e brilhem,
You’ve gotta fight to part those waters
Vocês precisam lutar para separar essas águas
When we swim in the light
Quando nós nadarmos na luz
All will be okay
Tudo ficará bem
The black, yellow and brown man will wash away.
Os negros, os amarelos e marrons serão lavados embora.
Yes, the black, yellow and brown man will wash away.
Sim, os negros, amarelos e marrons serão lavados embora.

É, Alan Shore realmente não sabia onde estava se metendo quando aceitou defender os pais que correm o risco de perder a custódia das filhas para a irmã da mãe (essa construção de frase ficou péssima) justamente por sua criação, no mínimo, ortodoxa.

Além de aceitar fazer a defesa, Alan aposta que se ele ganhar o caso, Shirley terá de se vestir de coelhinha na festa de natal… Se ele perder, bem, ele será o coelhinho.

O elo mais fraco do episódio acaba sendo o caso defendido por Brad, Coho e Denise, sim, todos acabaram no mesmo balaio de gato e não foram capazes de pensar em uma solução adequada… Quem acabou tendo a luz foi Clarence/Clarice. Bom, falar em ter a luz acaba sendo engraçado: o caso em questão é uma senhora (a mesma atriz que faz a esposa do Chief em Grey’s Anatomy) que quer processar alguém, qualquer um, até Deus, pela morte do marido, atingido por um raio enquanto falava ao celular.

É Clarence/Clarice que tem a idéia de processarem a empresa de celulares, que cede muito facilmente ao apelo por um acordo. Tudo bem, ver o duelo de Coho e Brad na sala com os advogados da empresa, mas foi tudo tão fácil. Ah, sem esquecermos de Coho arrastando sua asinha para cima de Denise e Claire fugindo de Brad (agora conhecido como “namorador serial”).

Ah, desculpem, eu esqueci de mencionar que Clarence foi contratado como assistente de Claire, depois de se apresentar como Clarice para uma vaga de assistente. Claire aceita contrata-lo em caráter de teste, desde que ele não use mais suas perucas e suas roupas de mulher.

Já Denny aceita defender a garçonete do restaurante frequentado por ele e Alan, cuja filha busca a emancipação para poder continuar praticando a anorexia (sei lá se isso é algo praticável ou o que). Tudo bem que Denny aceita o caso meio que sem muita dedicação, na realidade ele acha que é só dar algo gostoso para a garota comer e tudo ficará bem.

A garota arruma uma advogada que a defenderá sem cobrar, pois participa de uma organização pró-anorexia… O duro é pensar que isso deve existir por lá, de verdade.

O julgamento da custódia das meninas acabam sendo um daqueles passeios em que Alan Shore acaba encontrando uma solução que parecia impossível, quando ele, e nós também, já tinha certeza de que ele perderia: a questão é até onde o estado pode inteferir na maneira como os pais criam seus filhos. Eu, particularmente, adoro quando David Kelley usa enredos que podem parecer estapafúrdios para criticar algumas posições americanas. No caso em questão, ele acaba por atacar essa perseguição que os americanos fazem a maneira como cada um leva sua vida.

É cláro que, enquanto o caso ainda está em andamento e nem Alan acredita na chance de vencer, Shirley aproveita e pede a ele que experimente um parzinho de orelhas de coelho, apenas para que ele possa ir se acostumando.

Depois da sensacional defesa, que permitiu até a citação de Benjamin Franklin e a frase: “Aqueles que abrem mão da liberdade essencial para comprar um pouco de segurança temporária não merecem nada”, ele ainda ajuda Denny e seu caso. Ele bem tenta esconder a ajuda de Denny, a fim de não magoar o amigo, mas ele acaba descobrindo, e fica realmente magoado. Ele acha que o amigo não tem mais fé na sua capacidade de advogar, o que não deixa de ser verdade.

Ah, ao final do julgamento as gêmeas resolvem agradecer ao Alan cantando: “Michael, The twins walk around to Alan and start to sing.
Katey and Lauren Tanner: “Michael, row the boat ashore, hallelujah. Michael, row… (Michael, leve seu barco para a terra, aleluia, Michael…)”

Alan Shore: “Vocês certamente sabem que Michael era um judeu gay do México.”

A festa de natal chega em Crane, Poole e Schimidt, ao som de Jingle Bell Rock. Os olhos de Alan procuram por uma coelhinha da Playboy de nome Shirley… E dá de cara com um Pernalonga grandão:

Boston legal 3×10

Mas mesmo Pernalonga merece beijos quando embaixo do visgo… E Shirley ganha beijos de Alan e Denny, um depois do outro…

Boston Legal 3×10

Denny recebe a visita de Bella na festa. Bethanny também aparece, mas nem conversa com o advogado, magoada por vê-lo com sua mãe. Eu adoro a Bethanny, e fico muito, muito chateada mesmo por ela ter seu coração partido e deixar o seriado. Acho que ela era uma mulher a altura de Denny.

Já Alan ganha um presente muito especial de Jerry Espenson: um quadro pintado por ele. Uma adaptação de uma grande obra de arte…

Boston Legal 3×10

Apesar de tudo, os amigos Denny e Alan ficam bem. E encerram o episódio com um feliz natal na nossa já conhecida sacada…

P.S. O próximo episódio, Angel Of Death, foi o episódio submetido ao julgamento do Emmy e que deu ao nosso querido James Spader o prêmio pela terceira vez, no mesmo papel.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

Deixe uma resposta