Boston Legal: Whose God Is It Anyway? (3×05)

Boston Legal 3×05

Certas piadas não perdem a graça, mesmo quando repetidas infinitas vezes. Denny não conseguir perceber que Bethany está em uma sala, normalmente pertíssimo de seus pés é uma piada que não canso de ver.

O caso do assassinato da juíza continua a toda na mídia, e Shirley descobre que a assustadora repórter (se é que podemos chamar assim) já teve um caso com Denny. É claro que ele se vangloria de seus casos e, é claro, que Bethany ouve o pior de seu quase namorado.

Eu nunca imaginei ver Denny de joelhos, ainda mais por uma mulher… Mas essa pequena mulher realmente tem mexido com os brios de nosso advogado. Ele acaba apelando para o “Ás vezes preciso me sacrificar pelo time!” e pede uma nova chance, pois realmente gosta dela. Eles começam a sair juntos: Denny está em um relacionamento! Mesmo com Bethany ainda acreditando que ele tem sérios problemas mentais.

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Alan, mais uma vez, parte em socorro de Jerry “Hands” Espenson. Dessa vez o confuso advogado se meteu em uma confusão das grandes: demitiu um de seus funcionários por ele ser fiel à Cientologia. O episódio pelo menos serviu para confirmar minhas desconfianças de que essa é uma religião para loucos (hummm, será que isso vai gerar protestos nos comentários?).

A advogada de Jerry é a verdadeira surpresa da noite: Sally Heep está de volta! Bom, eu já achava sem graça com sua participação na primeira temporada, imagina agora, em que o time está muito mais afinada e temos Denise Bauer, muita mais bonita e charmosa.

Mas a volta de Sally serve como tempero ao caso, afinal, defendê-lo é um desafio à altura de Alan: envolve religião e liberdade de escolha e sua proteção pela constituição americana. O tempero, na realidade, é a aposta entre Alan e Sally. Alan: “Eu acredito que possamos apostar. O perdedor terá de besuntar o vencedor com xarope e lambê-lo. O ganhador poderá besuntar o perdedor com xarope e lambê-lo.”

É claro que a defesa feita por Alan é perfeita, e até fica meio fácil. Ele defende que Jerry apenas estava protegendo sua firma, afinal, ter um advogado que acredita que graças a uma tal cerimônia ele poderá falar com animais, mover objetos com o poder da mente e sair de seu corpo (Uhuhuhhh!!) acabaria com a confiança de qualquer cliente. Sem esquecer que depois dessa cerimônia o fato de você urinar, chorar, e outras coisas menos bonitas de se dizer aqui, você está eliminando um tais resquícios do mal. Ah, Alan aproveitou e soltou alguns dos seus resquícios também.

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Mas impagável foi o depoimento de Jerry, mais uma vez mostrando porque merece prêmios pelo papel: ele descreve seu horror ao comportamento do demitido, do fato dele externizar suas crenças a colegas e clientes, e a expressão Yuck Yuck vai para a lista de expressões inesquecíveis, junto com Yada Yada Yada.

Alan encerra o julgamento falando sobre como uma lei criada no passado para proteger as pessoas hoje é usada contra qualquer um que, no máximo, expressa sua opinião. Alan, mais uma vez, leva para a tela um lado da sociedade americana escondido sob seu sucesso indiscutível.

Ah, Sally leva consigo para o julgamento um vidro de xarope e cumpre as condições da aposta.

No julgamento de Scott Little a mídia continua enlouquecida e Denny resolve “ajudar o time” e compra mais problemas com Bethany, afinal, Denny Crane jamais seria discreto.

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No tribunal, Jefrey Coho parte para a dúvida razoável e todos viram suspeitos, depois de Denise “quebrar as pernas” do investigador mostrando que a polícia nunca procurou por qualquer outro suspeito desde que viu o vídeo em que Scott falava sobre os desejos de matar a juíza.

O marido viúvo vira suspeito, o psicólogo megalomaníaco, o vizinho maluco e pervertido (você também acha que foi ele?), todos podem ter matado a juíza, já que ninguém tem prova de absolutamente nada, a não ser do caso dela com Scott, que ele nunca escondeu.

Ao pai de Scott cabe a revelação da noite: o rapaz seria apaixonado por sua própria mãe. Inclusive, uma vez, ele pegou o rapaz com a foto da mãe nua… Bem, vocês sabem fazendo o quê.

A cena final do episódio vem de encontro ao que eu mesma já pensei algumas vezes desde o começo da temporada: Denny e Alan não são mais os mesmos?

Nossos dois amigos estão na sacada, com seu uísque e charutos, Denny pergunta para Alan se eles perderam a importância, afinal, um grande julgamento está ocorrendo e eles não estão a frente ou ao centro dos acontecimentos. Tudo isso torna mais difícil lembrar que ele é o centro de tudo.

Bom, eles podem não estar no julgamento principal, eles podem não estar no centro de tudo, mas, sim, tudo continua girando em torno deles, pelo menos para mim.

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Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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