Review: Bones – Aliens In A Spaceship

Não assisto 24 Horas, mas ontem cheguei perto de imaginar como é assistir a um episódio de seu seriado com um contador na tela. No caso de Bones, ontem, ele marcava as 12 horas que separavam Breenan e Hodgins da morte e ficava no meio do laboratório.

O episódio começa mostrando Breenan e Hodgins acordando, dentro do carro de Breenan. Breenan tem a marca de uma arma de choque em sua nuca e Hodgins está bastante ferido. Breenan tenta abrir seu vidro, mas terra começa a cair dentro do carro: ele está enterrado.

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Breenan acorda Hodgins, que meio que entra em pânico ao saber que estão enterrados. Breenan somente diz: “Ele nos pegou Hodgins. O Cavador de Túmulos nos pegou.”

Voltamos 48 horas no tempo, quando Booth e Breenan chegam a um local onde, segundo a multidão, Aliens foram encontrados em tipo de tanque subterrâneo. Olhando por uma pequena escotilha Breenan vê que, na realidade, foram encontrados dois corpos, já bastante deteriorados.

Os corpos são de dois irmãos gêmeos. Eles foram seqüestrados já há alguns anos. O seqüestrador, conhecido como Cavador de Túmulos, pega suas vítimas em lugares vazios, as enterra e entra em contato com a família, onde uma voz eletrônica pede o resgate. Não existe segunda ligação. Caso o resgate seja pago ele envia uma mensagem informando a localização, caso contrário ele nunca mais entrará em contato. O caso dos gêmeos foi o sexto conhecido pelo FBI.

Breenan e Booth começam sua investigação com base no que foi encontrado no tanque, além de conversarem com um homem que se apresenta como consultor de seqüestros que, com a ajuda de uma jornalista, escreveu um livro sobre o assassino.

No caso dos irmãos ele sugeriu que o resgate fosse pago, mas o pai dos meninos seguiu os conselhos do FBI. A parte que mais gostei foi Breenan dizendo ao pai dos meninos que, mesmo que ele tivesse pagado o resgate, os meninos não sobreviveriam, pois o cálculo do assassino estava incorreto e o ar existente dentro do tanque não manteria os meninos vivos por doze horas. A cara de tacho do escritor foi ótima.

Outro ponto alto do seriado é quando Breenan e Booth discutem sobre religião. Eu sou uma católica praticante, semelhante a Booth, mas meu lado racional, às vezes, questiona minhas crenças. É como se Breenan e Booth discutissem dentro da minha cabeça, ela representando esse lado racional.

Neste episódio, em especial, o tema foi abordado de diferentes maneiras: a discussão no carro, com Booth se negando a levar Breenan à igreja, pois ela desrespeitaria Deus em sua própria casa, depois Breenan comparando o Cavador de Túmulo com Deus falando das regras já estabelecidas (adorei quando, depois de descobrirem o erro do Cavador, Booth fala para Breenan: “Ele não é igual à Deus, Deus não comete erros.”), dentro do carro quando Hodgins e Breenan discutem o conceito de fé e, finalmente, quando os dois conversam na igreja sobre tudo que aconteceu. Sério: eles vão ficar juntos quando? Eles são perfeitos um para o outro. E a maneira que os personagens foram construídos permite que a história seja boa, não perca qualidade.

Ao fim do dia Breenan vai para sua aula de caratê, quando Hodgins vai atrás dela no estacionamento e os dois acabam sendo pegos pelo assassino: ela com a arma, Hodgins sendo atropelado.

Dentro do carro Breenan tem que realizar uma cirurgia na perna de Hodgins, sem anestesia, pois a pressão do sangue devido ao atropelamento, está tornando a dor insuportável.

Booth é quem recebe a mensagem do seqüestrador enquanto ele e Cam estão juntos no restaurante e ela o está convidando para ir a Nova Iorque para o fim de semana. Eu não gosto de vê-los juntos, fico pensando que Breenan vai sofrer quando souber e eu não quero que ela sofra.

O final das 12 horas se aproxima e não existe maneira de arrumarem resgate, já que a empresa da família de Hodgins tem um regulamento restrito ao pagamento. Booth parte para a porrada com o escritor do livro, pois, já que ele tem esse relacionamento simbiótico com o tal assassino ele que arrume mais tempo para Breenan.

Momentos Mcgiver: quando o ar está acabando Breenan e Hodgins furam os bancos do carro para ter um pouco mais de ar. Hodgins, então, pensa em uma pequena reação química para fabricar um pouco mais de ar, comos e criasse um filtro. Hodgins, então, se põe a analisar a terra caída dentro do carro e, com a ajuda de um perfume, de US$ 3.000 o frasquinho minúsculo, ele descobre as características que permitiriam identificar em que lugar da Virginia eles se  encontram.

Breenan consegue conectar as baterias dos celulares a buzina no carro, para que, assim, eles possam enviar uma mensagem para Booth. Hodgins elabora uma mensagem de 8 toques, que, em teoria, seria entendida pelo povo de lá e faria com que fossem encontrados.

Enquanto Booth quase bate em todo mundo na tentativa de decifrar a mensagem, Breenan continua inventando e faz uma pequena bomba com os explosivos do air bag: se estiverem enterrados próximo do solo o pára-brisa do carro sai, caso contrário a cabeça deles vai virar geléia.

Zach finalmente decifra o que Hodgins queria dizer e consegue uma localização. Toda a equipe do museu mais um monte de carros do FBI se dirigem para o que seria uma pedreira, ou algo do tipo. A área é grande de mais, terra por todos os lados, nada que ajude muito.

Antes da explosão Hodgins ainda tem chance de confessar como ama Ângela, numa cena muito bonita, nada forçada. Legal ele falar que comprar um pequeno vidro de perfume de US$ 3000 é uma das maneiras de dizer isso a ela. Booth vê a terra jogada para fora pela explosão de Breenan e corre pára puxá-la da terra. Tudo bem, ele tinha pressa, cada minuto conta, mas ele quase desconjunta mulher ao puxá-la pelo braço. E Ângela dá um beijo mais que merecido em Hodgins.

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Enquanto Booth e Breenan tem uma conversa sobre fé, crença e confiança, em uma igreja, Ângela encontra Hodgins no laboratório tentando descobrir algo que permita encontrar o assassino.

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Foi legal vê-lo confessando que não consegue dormir, pois pensa que, quando acordar, poderá estar sem ar novamente. Mais legal ainda ver Ângela falando para que ele então vá para a casa dela, pois quando acordar ela estará ao seu lado e ele não precisará ter medo.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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